Saiba como funcionará a Delegacia de Homicídios em Santa Maria

Falta pouco. A próxima semana deve ser marcada por um novo ciclo para a segurança pública em Santa Maria: o início do funcionamento da Delegacia de Homicídios no município. A nova divisão da Polícia Civil na cidade pretende dar maior atenção aos índices do crime que cresce consecutivamente há cinco anos em Santa Maria.

Ano após ano, recordes vêm sendo batidos. No ano passado, 56 pessoas foram assassinadas. Com a nova delegacia, vários objetivos são traçados, não só em relação aos crimes contra a vida, mas também os relacionados ao patrimônio.

Conforme o delegado regional Sandro Meinerz, que levou a iniciativa adiante, a primeira expectativa é, no mínimo, a estabilização dos números de homicídios, para que eles não aumentem daqui para diante. O delegado acredita que o índice de esclarecimento, que em 2015 foi de 87,5%, seja difícil de aumentar, mas pode ser mantido. O segundo passo é coletar provas mais consistentes para um inquérito com mais chances de uma futura condenação.

Nesse mesmo sentido, o objetivo é melhorar também a resolução das tentativas de homicídio. Diferentemente dos homicídios, menos da metade das tentativas foi elucidada (46,6%) no ano passado.

– Gosto de estabelecer metas e cumpri-las. A primeira foi cumprida, que foi a criação. A expectativa é atingir aqueles objetivos que motivaram a sua criação: a melhora da prova, a elucidação das tentativas e o que já está em funcionamento, que é diminuir os índices, o que já está acontecendo se compararmos o mesmo período do ano passado – afirma o delegado regional.

No entanto, para Meinerz, os primeiros indicadores que devem ser afetados serão os de roubo e furto. Isso porque as delegacias distritais, que antes acumulavam investigações de homicídios, tentativas, roubos e furtos, serão desafogadas e poderão se dedicar com mais afinco aos crimes contra o patrimônio.

– Acho que os roubos e furtos vão ser os grandes ganhos. Os distritos estavam oprimidos pelos homicídios. O investigador estava trabalhando em um roubo hoje, aí aconteceu um homicídio, e ele tem que largar. Quando volta para esse roubo, já se passaram vários dias, e tem outros dois três novos roubos para investigar. E o roubo incomoda toda a sociedade, é um criminoso perigoso, que pode matar uma pessoa a qualquer momento – avalia.

O delegado Gabriel Zanella, que irá responder pela Delegacia de Homicídios, estava em viagem ontem à tarde e preferiu não se manifestar quando a reportagem entrou em contato por telefone.

Como será o funcionamento da nova divisão da Polícia Civil

A primeira mudança, que, para o delegado regional Sandro Meinerz é o que trará mais "