R$ 11 mil em joias: acusado de disparar contra policiais após assalto em Restinga Sêca é condenado a 10 anos de prisão

Lenon de Paula

R$ 11 mil em joias: acusado de disparar contra policiais após assalto em Restinga Sêca é condenado a 10 anos de prisão

Três réus acusados de participar do assalto a uma joalheria de Restinga Sêca, no ano de 2020, foram condenados e um réu absolvido pelo Tribunal do Júri em sessão realizada no Fórum do município nesta terça-feira (14). 

O crime ocorreu no começo da noite do dia 3 de agosto de 2020. Três homens entraram no estabelecimento, localizado no centro da cidade, renderam funcionários e clientes e roubaram cerca de R$ 11 mil em joias. Logo após, fugiram do local do crime em um carro que os aguardava do lado de fora. Durante a fuga, o grupo foi perseguido por agentes da Polícia Civil, e um dos assaltantes teria efetuado disparos contra os policiais. 

O réu Ítalo Gabriel da Silva dos Santos foi condenado a 10 anos e 8 meses de prisão pelos crimes de roubo e tentativa de homicídio. Segundo a denúncia do Ministério Público, ele teria efetuado disparos na direção de dois policiais durante perseguição policial. A qualificadora do crime, o fato de ter sido cometido contra agentes de segurança pública em serviço, não foi reconhecida pelos jurados. Ítalo também respondia pelo crime de corrupção de menores, acusação da qual foi absolvido.

Os réus Willian da Silva dos Santos e Marlete da Silva, que respondiam pelos crimes de roubo e corrupção de menores, foram condenados a 3 meses de detenção pelo crime de favorecimento pessoal, prática de uma determinada pessoa que assegura a fuga de um criminoso. Como os dois já cumpriram a pena enquanto aguardavam julgamento, foi expedido alvará de soltura para ambos.

O réu Rodrigo Rafael Reginaldo de Lara, que também respondia pelos crimes de roubo e corrupção de menores, foi absolvido das acusações e teve expedido o alvará de soltura. A sentença foi lida pela titular da Vara Judicial da Comarca de Restinga Sêca, juíza Juliana Tronco Cardoso, por volta das por volta das 20h50min desta terça-feira.

As partes

A acusação esteve a cargo do promotor do Ministério Público Claudio Estivallet Junior. Em entrevista ao site Tribuna de Restinga, ele afirmou que a justiça, ao menos em parte, foi feita:

– Eu acredito que em parte sim, a justiça foi feita. Houve a condenação do réu Ítalo, que teve uma atuação fundamental nesse assalto. Em relação aos demais, houve a desclassificação. Os jurados entenderam que houve o cometimento de outro delito, o chamado favorecimento pessoal. No tocante a essas decisões, iremos avaliar e verificaremos a posição que iremos tomar.

O responsável pela defesa de Rodrigo Rafael, o advogado Raphael Urbanetto Peres, celebrou a absolvição do seu cliente, que estava preso há quase três anos no Presídio Estadual de Agudo:

– Trabalhamos a ausência de provas quanto à participação do acusado Rodrigo Rafael no crime de roubo ocorrido na joalheria em Restinga Seca. Depois de quase três anos preso, agora ele vai poder dormir em casa.

O advogado Leonardo Sagrillo Santiago, responsável pela defesa de Ítalo, afirmou ao Bei que pretende recorrer da decisão: 

– Respeito a decisão dos jurados mas irei recorrer, tanto pela  condenação pelo homicídio tentado quanto pela dosimetria da pena aplicada ao roubo.

Marlete foi representada pelo advogado Matheus Lang Cardoso, e Willian pela defensora pública Valéria Brondani. 

O assalto

De acordo com a Polícia Civil, três homens armados e encapuzados entraram no estabelecimento por volta das 18h50min do dia 3 de agosto de 2020. Eles levaram relógios e joias, cujo valor total foi estimado em R$ 11 mil. Um outro homem aguardava os assaltantes dentro de um Volkswagen Virtus branco, com placa clonada de Lajeado, e que havia sido furtado em viamão

Dois agentes da Polícia Civil tinham recebido informações sobre um carro suspeito na cidade e estavam em uma viatura discreta, próximo a joalheria assaltada. Quando os assaltantes entraram no carro para fugir, iniciou-se uma perseguição, durante a qual Ítalo teria disparado contra os policiais.

O grupo fugiu pela ERS-149 em direção a Formigueiro. Por volta das 21h, o veículo utilizado no crime foi encontrado abandonado em Vila Rosa, no interior de Restinga Sêca. No dia seguinte ao roubo, três suspeitos, de 21, 16 e 17 anos foram localizados em Formigueiro.  Com eles a polícia encontrou joias e relógios roubados da joalheria, que foram restituídos ao estabelecimento. Os dois adolescentes foram apreendidos e encaminhados ao Centro de Atendimento Socioeducativo (Case) de Santa Maria. 

No dia 21 de agosto de 2020, durante a chamada “Operação Pitanga Envenenada”, outros três suspeitos de envolvimento no crime foram presos em Restinga Sêca.

* Com informações do Jornal Tribuna de Restinga.

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