Saúde

Posto de saúde que passaria por reformas está abandonado na Cohab Santa Marta

Mariana Fontana

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Uma reforma que começou na metade do ano passado e ainda não foi concluída. Na verdade, bem pouco parece ter sido feito. Desde junho de 2015, os atendimentos no posto de saúde Floriano Rocha, na Cohab Santa Marta, mudaram de endereço, pois o local precisava passar por reparos nas rede elétrica e hidráulica, na cobertura e nas paredes. Mas o prédio, que deveria estar sendo revitalizado, está abandonado. Enquanto isso, a unidade de saúde funciona, de forma improvisada, no ginásio da Apae.

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A expectativa inicial era que a reforma fosse feita no prazo de seis a oito meses, o que significa que deveria estar sendo concluída agora em fevereiro. No entanto, não há pedreiros, nem sinal algum de que estaria havendo manutenção no prédio. Pelo contrário. O local se deteriora a cada dia. O prédio foi depredado, e os vidros das janelas, quebrados. O mato no entorno e, mesmo dentro do local, está alto. Os mosquitos, assim como o entulho, tomam conta do pátio. A estrutura já não conta mais com a cobertura, já que o teto foi retirado. Além disso, boa parte do material das obras, como cimento e ferros, está exposta à ação do tempo.

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Conforme o metalúrgico Rodrigo Melo, 41 anos, que mora em frente ao posto, o abandono deixa o local suscetível a roubos de material.

– Aquilo ali está esquecido. É uma escuridão só, que faz a rua ficar escura também, e o pessoal aproveita para roubar. Estão levando tudo que é material, não levam mais porque não dá. Está tudo malcuidado, e os materiais, estragando – afirmou Melo.

Atendimentos prejudicados

E os moradores enfrentam ainda outro problema: com a reforma, os atendimentos também foram afetados. Quando os reparos começaram, os pacientes foram indicados a procurar a Estratégia de Saúde da Família (ESF) no Parque Pinheiro Machado e no Alto da Boa Vista durante dois meses.

Depois, o ginásio da Apae, que fica ao lado do posto da Santa Marta, foi adaptado e passou a sediar os atendimentos. No entanto, os pacientes só têm acesso a atendimentos de clínico geral, pediatra e ginecologista. As consultas odontológicas, que antes eram oferecidas, não estão sendo realizadas.

– As peças são maiores, mas é tudo improvisado. Os atendimentos de odonto foram cancelados, porque não temos estrutura para atender. Os equipamentos estão todos guardados – afirmou uma funcionária que não quis ser identificada.

Horário reduzido pelo calor

Para que o ginásio da Apae  fosse transformado em posto de saúde, foram utilizadas divisórias. Ao todo, há 18 salas adaptadas, onde trabalham os 17 profissionais que realizam uma média de 350 atendimentos por dia – entre consultas, vacinas e atendimentos de enfermagem.

Além de não oferecer mais os atendimentos odontológicos, as consultas, que antes eram realizadas até as 16h, desde novembro, são encerradas às 13h, em função das altas temperaturas.

– Ninguém aguenta ficar dentro do prédio por"

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