A população de Santa Maria já está ciente de que locais que acumulam água devem ser eliminados como forma de prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. No entanto, apesar das campanhas, em alguns locais da cidade, a prevenção parece ter sido esquecida. E não pelos moradores, mas por quem deveria dar o exemploi: os órgãos públicos.
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Um desses locais é a Rua Adão Schneider, no bairro Presidente João Goulart. Lá, os moradores estão preocupados com o pavilhão onde funciona a Fábrica do Natal do Coração da prefeitura. Isso porque muitos materiais que foram usados na decoração de Natal da Praça Saldanha Marinho e do Centro, estão jogados na rua, em frente ao ginásio. Segundo um morador que não quis se identificar, quando chove, os enfeites acumulam água. Segundo ele, a preocupação da comunidade é que os enfeites se tornem criadouro do mosquito.
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Outra vizinha do imóvel relatou que, eventualmente, um guarda municipal é deslocado para o local, no entanto, em poucas oportunidades, o prédio é aberto.
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Agora, vai ficar fechado até agosto ou setembro, quando voltam a preparar os enfeites. Esse material está aí e do mesmo jeito desde que tiraram tudo lá do Centro. Não sei se tem mosquito, mas a gente se preocupa, também, pela segurança, porque um marginal pode vir se esconder ali afirmou outra moradora que não quis ser identificada.
Telhado esconde perigo

No telhado onde funcionava a boate Kiss há água parada e lixo (Foto: Maiara Bersch/Agência RBS)
Outro ambiente que tem gerado preocupação para a vizinhança é o telhado do prédio onde funcionava a boate Kiss. No local, há três grandes poças de água acumuladas. Conforme o síndico de um prédio vizinho, Ernesto Skrebsky, 86 anos, desde que o incêndio ocorreu, em janeiro de 2013, a água da chuva se acumula no telhado.
A mulher de Skrebsky, Lourdes Flores Skrebsky, 84 anos, afirma já ter entrado em contato com a Vigilância Sanitária diversas vezes. No entanto, segundo ela, nenhuma medida foi adotada para remover a água. A preocupação do casal, assim como do restante dos moradores do prédio, é de que a água se torne um possível local de criação do mosquito Aedes. Além da água, isqueiros e garrafas estão jogando sobre o telhado.
Eu já liguei, já fui duas vezes diretamente na Vigilância. Eles estão sabendo do problema, mas ninguém veio fazer nada. Se cria mosquito em água parada, então aquilo dali é um potencial c"