Caça ao mosquito

Os locais de Santa Maria onde a prevenção contra o Aedes ainda não chegou

Mariana Fontana

"

A população de Santa Maria já está ciente de que locais que acumulam água devem ser eliminados como forma de prevenir a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. No entanto, apesar das campanhas, em alguns locais da cidade, a prevenção parece ter sido esquecida. E não pelos moradores, mas por quem deveria dar o exemploi: os órgãos públicos.

Leias outras notícias sobre o Aedes aegypti

Um desses locais é a Rua Adão Schneider, no bairro Presidente João Goulart. Lá, os moradores estão preocupados com o pavilhão onde funciona a Fábrica do Natal do Coração da prefeitura. Isso porque muitos materiais que foram usados na decoração de Natal da Praça Saldanha Marinho e do Centro, estão jogados na rua, em frente ao ginásio. Segundo um morador que não quis se identificar, quando chove, os enfeites acumulam água. Segundo ele, a preocupação da comunidade é que os enfeites se tornem criadouro do mosquito.

Bairros de Santa Maria que receberam mutirão contra o Aedes aegypti serão monitorados

Outra vizinha do imóvel relatou que, eventualmente, um guarda municipal é deslocado para o local, no entanto, em poucas oportunidades, o prédio é aberto.

Estudo relata novo dano cerebral e acúmulo de líquido em bebê de mãe infectada pelo zika

– Agora, vai ficar fechado até agosto ou setembro, quando voltam a preparar os enfeites. Esse material está aí e do mesmo jeito desde que tiraram tudo lá do Centro. Não sei se tem mosquito, mas a gente se preocupa, também, pela segurança, porque um marginal pode vir se esconder ali – afirmou outra moradora que não quis ser identificada.

Telhado esconde perigo


No telhado onde funcionava a boate Kiss há água parada e lixo (Foto: Maiara Bersch/Agência RBS)

Outro ambiente que tem gerado preocupação para a vizinhança é o telhado do prédio onde funcionava a boate Kiss. No local, há três grandes poças de água acumuladas. Conforme o síndico de um prédio vizinho, Ernesto Skrebsky, 86 anos, desde que o incêndio ocorreu, em janeiro de 2013, a água da chuva se acumula no telhado.

A mulher de Skrebsky, Lourdes Flores Skrebsky, 84 anos, afirma já ter entrado em contato com a Vigilância Sanitária diversas vezes. No entanto,  segundo ela, nenhuma medida foi adotada para remover a água. A preocupação do casal, assim como do restante dos moradores do prédio, é de que a água se torne um possível local de criação do mosquito Aedes. Além da água, isqueiros e garrafas estão jogando sobre o telhado.

– Eu já liguei, já fui duas vezes diretamente na Vigilância. Eles estão sabendo do problema, mas ninguém veio fazer nada. Se cria mosquito em água parada, então aquilo dali é um potencial c"

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Mais 34 policiais do BOE de Santa Maria reforçarão operação na Capital

Próximo

Escola municipal de Santa Maria sofre com lixo e sujeira de terreno vizinho

Geral