OPINIÃO: Fazer da vida um caminho de felicidade

A vida é um dom, um presente que ninguém pediu, não planejou e nem mereceu, mas foi doada misteriosamente. Não escolhemos o tempo e nem as circunstâncias em que gostaríamos de viver.

Não escolhemos os pais, a condição social, o país, muito menos fomos nós que escolhemos as pessoas de nosso tempo. 

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Não escolhemos e dia e nem a hora para nascer. 

Não escolhemos, nem sequer, o próprio nome. Portanto, viemos ao mundo gratuitamente, fomos acolhidos no mundo. No entanto, se não pudemos escolher a vida, podemos, sim, escolher o caminho e a direção, o sentido queremos dar à nossa vida. 

Podemos, sim, escolher aceitar generosamente a vida e fazer dela realmente um presente e uma história de realização e felicidade. Ou podemos desperdiçá-la, jogá-la ao vento. 

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Podemos fazer daqueles que não escolhemos (nossos pais), nossos escolhidos, parceiros e, sobretudo, os amores de nossa vida, os tesouros mais preciosos. Se não pudemos escolher nossos irmãos de sangue, podemos torná-los ainda mais irmãos pelo amor e pela amizade, na convivência do dia a dia. Podemos, sim, escolher onde queremos desenvolver nossa vida. 

Se não pudemos escolher os irmãos, podemos escolher aqueles que podem preencher nossas vidas, pela amizade, pelo carinho, nossos amigos e confidentes. Se não nos coube escolher o tempo em que gostaríamos de viver, podemos, sim, fazer desse tempo o melhor tempo para a nossa vida. Claro, não nos foi dada a liberdade de escolher o país em que preferíamos viver. No entanto, podemos, sim, fazer de nosso país o lugar preferido para viver. 

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Não tivemos a escolha de nossa etnia, nossa condição social, mas, com certeza, podemos fazer de nossa raça e de nossa condição um caminho e uma missão de construir um mundo de fraternidade e de solidariedade. 

Não tivemos a liberdade de escolher com que tipo de pessoas gostaríamos de viver, mas podemos, com certeza, fazer das pessoas que vivem neste tempo, irmãos e irmãs e companheiros de caminhada.

Não escolhemos a cultura, que quem sabe, gostaríamos de ter, mas podemos fazer dessa cultura, onde vivemos, a cultura da justiça, do respeito e do amor e da paz. Portanto, escolhamos viver neste tempo, pois este é, para nós, o verdadeiro tempo.