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OPINIÃO: Discutindo dúvidas

Eduardo Rolim

Recentemente, recebi um vídeo em que o deputado Roberto Jeferson (aquele do mensalão) criticava acerbamente o¿voto em lista fechada¿,dizendo que a lista era secreta,não conhecível pelo eleitor e que ensejaria a reeleição dos atuais deputados corruptos que ¿enobrecem¿ nossa Câmara. Mais surpreso fiquei ao ler entrevista da senhora Marina Silva, ex-candidata à Presidência da República,falando nos mesmos termos. Do primeiro, nada se poderia esperar de confiável,porém, a senhora Marina deveria obrigatoriamente conhecer o processo adotado em vários países desenvolvidos política e economicamente.

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Deixei de usar o termo ¿lista fechada¿ justamente por servir aos que pretendem embair as pessoas. Passei a usar o termo¿lista partidária¿para esclarecer aos que pretendem ver mudanças em nossa representação política. Se a lista fosse secreta, não mudaria em nada a situação atual, pois no modelo vigente todos os atuais deputados, com exceção daqueles com ¿ficha suja¿, estarão nas nominatas de candidatos.

Para fugirmos da situação atual, só mudando o Código Eleitoral vigente. O voto em ¿lista partidária¿ seria uma solução a médio e longo prazo.Esclarecendo a questão: em primeiro lugar, a lista não é secreta. Pelo contrário, ela serve de ¿cartão de apresentação¿do partido. Uma lista que contenha nomes conhecidos pela sua reputação de corruptos só receberia votos dos militantes fanatizados e cegos.

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A grande maioria, que se compõem de eleitores sem compromissos partidários,rejeitaria de pronto tal lista. É possível que, numa primeira vez, alguns conhecidos corruptos fossem eleitos, mercê do grande número de filiados em seus partidos, porém, haverá a assumpção de um grande número de novos nomes,que,por serem mais confiáveis e éticos,atrairão para os seus partidos aquele grande número de eleitores não comprometidos com uma militância cega e fanática. A lista partidária é fechada no sentido de que o eleitor deve votar na lista como ela se apresenta, não podendo votar destacando um nome. Os candidatos serão eleitos pela ordem de precedência na lista, de acordo com o quociente obtido pelo partido.

Em segundo lugar: a grande dúvida que muitos apontam seria a escolha desses nomes. Essa escolha seria feita pelas convenções partidárias. Naqueles partidos onde impera o coronelismo e grupos dominantes, até poderia acontecera presença de nomes de corruptos e, principalmente, de incompetentes, o que não diferiria da atual situação. Isso poderia significar uma perda de eleitores desastrosa para o partido.

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Aqueles partidos que primassem em colocar nomes sérios e competentes em suas listas poderiam vir a surpreender com suas performances eleitorais. A grande virtude estaria em colocar nomes na lista que pudessem dar crédito às propostas partidárias.

As campanhas se fariam em torno de ideologia, programa e propostas, valorizando os partidos sérios e desqualificando os partidos de aluguel, que só existem em função do Fundo Partidário, tempo de rádio e televisão,moedas de troca nem sempre virtuosas.

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Numa primeira eleição, poderia não haver grandes mudanças,mas essa experiência serviria de lição para novos embates, mais coerentes e sérios. Para esse modelo eleitoral,não será necessário grande investimento, concorrendo para baratear as campanhas e exclusão do caixa dois, um dos grandes vícios atuais. Teríamos mais argumentos em prol da¿lista partidária¿, mas ficarão para outra oportunidade

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