Assassinatos

Onde ocorreram os 30 homicídios do ano em Santa Maria

Naiôn Curcino

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Mal havia começado o ano de 2015 e, por volta das 2h da madrugada, Santa Maria já registrava o seu primeiro homicídio do ano. Dionatan da Silva Pedroso, 18 anos, foi esfaqueado por volta das 22h30min do dia e ano anteriores, já que ele foi ferido em 31 de dezembro. Ele foi morto porque teria ido cobrar uma dívida de um jovem de 23 anos pela venda de uma casa. A vítima não resistiu aos ferimentos no tórax e no abdome e morreu horas depois no Husm. O suspeito foi preso no dia seguinte.

Além do assassinato de Dionatan, nos primeiros seis meses deste ano, foram outros 27. E, em julho, já foram registrados mais dois homicídios. Atualmente, 30 pessoas já foram mortas por armas brancas ou de fogo. O número é menor do que o registrado no primeiro semestre de 2014, quando houve 36 mortes violentas na cidade. Entretanto, no ano passado, a cidade conheceu o seu recorde de assassinatos: 50.

30º assassinato do ano: homem é morto a tiros em Santa Maria

Em 2015, entre todos os casos, continua predominando a relação com o tráfico de drogas, seja por dívida com traficantes ou disputa por ponto de venda de entorpecentes. Rixas entre grupos ou desentendimentos antigos também são casos recorrentes. Houve também dois casos de roubos com mortes, os chamados latrocínios. Porém, dois crimes que chamaram a atenção foram cometidos por irmãos.

Três suspeitos de homicídio são presos em Camobi

O primeiro caso ocorreu no dia 7 de maio. Um homem de 40 anos matou o próprio irmão de 37 após uma discussão por causa de um isqueiro. O outro caso foi registrado no segundo semestre, no dia 3 de julho _ foi o 29º homicídio do ano na cidade. Um jovem de 20 anos matou o irmão, de 23, com golpes de espeto.

A maioria dos homicídios foi registrada na Região Norte, que teve nove mortes, e na Região Centro-Oeste, com cinco. Segundo o delegado regional, Sandro Meinerz, 23 casos já foram elucidados. A 4ª Delegacia de Polícia Civil, que tem como titular o delegado Antonio Firmino de Freitas Neto e é responsável pelas regiões Leste, Centro-Leste e Sul, tem 100% dos casos resolvidos. Na 3ª DP, comandada pelo delegado André Diefenbach, o índice de elucidação fica acima dos 80%. Para os delegados, o envolvimento com drogas é o principal fator. Diefenbach reforça ainda que o homicídio é um crime difícil de evitar e que a melhor solução é a prisão do autor:

_ No momento de raiva, o fato acontece. É difícil de ser previsto e evitado. O papel da polícia nesses casos é identificar e prender. Nos casos em que os irmãos mataram irmãos, foi algo de momento. Eles estavam embriagados, discutiram e cometeram o crime. Um dos casos foi dentro de casa, e o outro, em frente, onde é impossível ter policiamento. É um crime praticamente inevitável.

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