O maior bairro de Santa Maria quer conclusão da rede de esgoto

Com cerca de 22 mil moradores, Camobi é bairro com o maior número de habitantes de Santa Maria e também o mais extenso, ocupando uma área de 20,3 km². A importância econômica também pode ser medida por abrigar a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que tem um orçamento de R$ 1,1 bilhão, quase o dobro do da prefeitura. O bairro também é o endereço da Base Aérea de Santa Maria (Basm).

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De berço intelectual a expoente do setor da defesa, Camobi tem como prioridade uma das necessidades mais básicas de qualquer local: o saneamento. O que a maioria dos moradores mais deseja é ver concluída a obra da rede de esgoto.

Foto: Arte DSM

Para a estudante de mestrado da UFSM Fabiana Fontana, 39 anos, 'tratamento de esgoto é tão básico, que, em pleno 2016, ter de pedir isso é um absurdo.'

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Esperada por 30 anos, anunciada há mais de seis anos, a execução começou de fato em setembro de 2013. O trabalho passou por interrupções devido a desentendimentos entre as empresas contratadas, a Companhia Riograndense de Abastecimento (Corsan) e a prefeitura. Por isso, a obra só deve ser concluída no segundo semestre de 2017 (outubro). O prazo inicial era outubro de 2015.

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O técnico mecânico aposentado da UFSM Onofre Caetano Macedo passou quase 50 anos dos seus 82 de vida em Camobi. Ele viu a paisagem se modificar e o bairro crescer. Agora, é acompanhar o fim da obra e poder ligar a rede de esgoto da casa, o maior desejo dele.

Até o momento, dos 73 quilômetros de tubulações previstos, 20% já passaram pelas ruas do bairro. Com um investimento de mais de R$ 40 milhões, a Corsan pretende levar a rede de esgoto para todos os moradores de Camobi.

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Somente após a conclusão de toda a obra, os moradores poderão ligar os esgotos de suas casas à rede. Na verdade, a ligação é obrigatória, prevista no artigo 137 do Código Estadual do Meio Ambiente (Lei 11.520), que determina que todos os moradores devem ligar o encanamento de esgoto das suas casas à rede coletora, quando ela existir. O descumprimento pode acarretar em penalidades que vão desde a advertência até multas diárias.

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O percentual de esgotamento sanitário no município, conforme o Plano Municipal de Saneamento Ambiental, é de 49,3%. A Corsan afirma que o índice é de 55%.