Lideranças de Santa Maria repercutem resultados do 1º turno e compartilham projeções

Pâmela Rubin Matge

Lideranças de Santa Maria repercutem resultados do 1º turno e compartilham projeções
Os candidatos que se enfrentam em segundo turno no Brasil e no Rio Grande do Sul.

As disputas pelo governo do Rio Grande do Sul e pela Presidência serão decididas no segundo turno e já se anunciam acirradas. Destoando de várias pesquisas e com pouca distância percentual de votos no primeiro turno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve 48,43%, e o presidente Jair Bolsonaro alcançou os 43,20%. Na corrida ao Piratini, o ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) teve 37,5% dos votos válidos, e o ex-governador Eduardo Leite (PSDB), 26,81% – apenas 2,5 mil votos a mais que o terceiro colocado, Edegar Pretto (PT).

Lideranças locais e diretórios partidários já discutem o cenário político eleitoral e se reorganizam para retomar fôlego e enfrentar os próximos 26 dias até o segundo turno. Confira abaixo a avaliação de algumas representações locais.

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João Chaves

Presidente do PSDB em Santa Maria

Sabíamos das dificuldades da eleição. Começamos tarde a campanha do nosso candidato local, Admar Pozzobom. Mesmo assim, conseguimos a segunda colocação em Santa Maria, atrás de Giuseppe Riesgo e Beto Fantinel. Foram mais de 11 mil votos só em Santa Maria, e isso é motivo de gratidão pelo trabalho feito e pela confiança que a comunidade nos deu. Também resgatamos mais de 5 mil votos de Nelson Marchezan Júnior, que tinha concorrido em 2014. Embora não tenhamos conseguido elegê-lo, foi uma boa votação. Em relação ao governo do Estado, a eleição surpreendeu a todos com movimentos finais que nos colocaram na disputa em segundo lugar. Temos a certeza da vitória do Eduardo, que representa um projeto transformador, que fez reformas, pagou os hospitais, que fez a diferença na vida das pessoas e representa o diálogo, o foco na solução dos problemas e não nos ataques pessoais. Para o governo federal, vamos aguardar a posição do grupo político liderado pelo nosso governador, e temos a certeza que é necessário dialogar com todos. Não vamos fugir desse diálogo. Estamos aguardando também a posição da candidata à presidência da República (Simone Tebet) e de todo grupo que compõe os presidentes de partido nacionais. Teremos uma posição no Rio Grande do Sul que será apresentada por Eduardo Leite. Temos a certeza do trabalho que estamos fazendo e convictos na vitória no dia 30 de outubro.

Jorge Pozzobom (PSDB)

Prefeito de Santa Maria

A polarização atingiu todos os Estados do Brasil. Para o governo federal, uma candidata estava fora da polarização (Simone Tebet). É importante dizer que o Eduardo Leite é reflexo do excelente governo que fez, também fora de polarizações, e é isso que iremos apoiar para que continue fazendo. O Estado tomará uma posição. Devo encontrar com o Eduardo na quarta-feira para discutirmos junto do partido a melhor decisão.

Manoel Badke

Vereador pelo União Brasil e coordenador da campanha de Onyx Lorenzoni em Santa Maria

A avaliação é muito positiva. Trabalhamos bastante e vimos o resultado nas urnas do governo do Estado. Onyx teve uma boa votação na região. Também foi excelente a representatividade dos deputados da coligação. O Rodrigo Lorenzoni, como terceiro deputado estadual mais votado, muito bem votado em Santa Maria, e o Cherini (Giovani) com mais de 160 mil votos para federal. Para o segundo turno, é continuar trabalhando e alinhando as candidaturas do Estado e do governo federal.

Marco Mascarenhas

Presidente do PL em Santa Maria

Em âmbito nacional, o resultado das urnas trouxe a realidade que já era conhecida por nós. Os institutos de pesquisa não alcançaram exatamente o que se via nas ruas, o que ficou evidente nas urnas ontem (no domingo). As pesquisas não acompanharam o que as pessoas transmitiam, mas já ocorreu em outras eleições, e há uma série de motivos. Como resultado, em âmbito nacional, é importantíssimo estar em segundo turno, ter a maior bancada federal de deputados e também de senadores, o que mostra a grandeza do partido. No segundo turno, é uma eleição diferente, tanto lá (governo federal) quanto aqui (no Estado). Seguimos trabalhando com o pé no chão e cautela, porque é assim que se conquista as coisas. Boa parte da população entendeu o que estava sendo transmitido: os ideais, os valores e os princípios que, em razão disso, resultou nessa votação expressiva, principalmente aqui no Rio Grande do Sul, além de possibilitar a formação das bancadas que trouxeram fortalecimento ao partido. A vitória em primeiro turno traz um significado e alguns indicativos que o caminho está sendo bem trilhado, porém, existe muito trabalho a ser feito. Também é preciso ressaltar a vitória do general Mourão e o movimento forte de direita nos últimos dias que levou ele à vitória no Senado. Continuamos trabalhando com coragem, honestidade, seriedade e com muita humildade para que tenhamos um resultado positivo no segundo turno e alcançarmos os objetivos a que nos propormos.

Valdeci Oliveira

Deputado reeleito pelo PT e atual presidente da Assembleia Legislativa

O PT local e seus candidatos foram excelentes com os deputados mais votados na cidade. Em Santa Maria, Lula foi mais votado, Pretto foi o segundo para o Estado. Agora, é pensar em estratégias para o segundo turno e eleger Lula, que é um grande estrategista. O primeiro turno é um pouco diferente. Agora, é outra eleição, mas há esse espaço. E como diz Olívio Dutra: “se fosse fácil não era para nós”. Vamos articular com as direções de partido. No governo do Estado, o Edegar foi excelente e surpreendente. Não quero questionar as pesquisas, que servem para nos dar um panorama, não são fator de definição e dependem do momento. Olívio, concorrer aos 81 anos, com a história que tem, já é uma vitória. O que aconteceu é que a direita, como sempre, unificou-se para impedir o avanço e derrubar da esquerda. A comandante Nádia renunciou, e o voto útil no Mourão esvaziou a candidatura da Ana Amélia Lemos. Acredito que, nas próximas horas, o PT e a esquerda irão falar sobre uma posição aqui para o Estado, o que é muito importante e deve passar pelo aprofundamento das direções partidárias. No meu ponto de vista, o que é inegociável é apoiar alguém que está diretamente ligado ao Bolsonaro. Gostaria ainda de frisar a importância do pessoal que saiu para votar e garantiu um processo tranquilo, diferentemente de outros anos. Isso é celebrar a democracia.

O Diário procurou Paulo Pimenta, presidente do PT no Estado e deputado federal reeleito, para manifestar seu posicionamento. Conforme a assessoria do deputado, ele estava viajando a Brasília e não poderia responder até a publicação desta reportagem.

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