Saúde

Insônia, boa noite!

Tic tac, tic tac... O tempo passa, o sono não chega. O silêncio da noite é interrompido pelos barulhos da rua, do relógio... E o sono não chega. 2h, 3h... Rola para lá, para cá. A cama é incômoda. E o sono? Não veio. Se você padece de noites assim, faz parte de um grupo de pessoas que sofre de insônia, um transtorno do sono.

A causa mais comum da insônia é emocional, explica o otorrinolaringologista de Santa Maria Rodrigo Ritzel.

_ Ela também pode estar associada a problemas neurológicos e distúrbios respiratórios _ explica o especialista.

Segundo o segundo o Instituto de Otorrinolaringologia e Fo noaudiologia (Inof) de São Paulo, de 10% a 37% da população do país sofre de insônia pós-traumática emocional.

Pesquisador e coordenador do Laboratório de Cronobiologia Humana da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Fernando Louzada explica que um episódios estressante pode causar a insônia:

_ Existem muitos eventos que podem desencadeá-la. Depois que esse evento desaparece, a insônia continua.

Outros fatores, como o estresse, geralmente alteram a produção de hormônios que interferem na atividade cerebral, como o cortisol, tornando-o mais ativo e menos propenso a aprofundar o sono. Por conta de suas diferentes origens, combater a causa da insônia é a chave para o tratamento, explica Karin Dal Vesco, especialista do Instituto do Sono de Curitiba.

_ A depressão é a causa mais comum, mas a apneia precisa ser tratada _ diz.

O médico e Santa Maria relata que, quando a causa são distúrbios respiratórios, como o ronco, os relatos dos pacientes diferentes:

_ É um pouco diferente da situação em que a pessoa não consegue adormecer ou acorda durante o sono. Nesses casos, a pessoa dorme, mas mal. Por isso, está sempre cansada e com sono. Pode dormir a qualquer hora do dia.

Segundo Louzada, o diagnóstico pode ser feito em conversa com o médico ou pelo exame de polissonografia, que monitora o organismo durante o sono.

Terapia é aliada para combater o problema

Entre os tratamentos auxiliares para a insônia, a terapia cognitivo-comportamental é uma das mais elogiadas pela eficiência, de acordo com o pesquisador Fernando Louzada.

_ Os médicos geralmente recomendam e ela possibilita suspender a medicação depois de pouco tempo _ diz.

A psicóloga Márcia Assis, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), explica que o principal ponto da terapia é trabalhar
na diminuição do sofrimento do paciente, sem deixar de observá-lo como um todo.

_ A pessoa com insônia tem prejuízos durante seu dia. A gente tenta descobrir então a causa, e em seguida trabalhar algumas estratégias que auxiliem a pessoa a construir um comportamento do sono. Ou seja, estratégias de relaxamento para que o paciente saia do estado de constante alerta e relaxe para ter sono _ conta.

Para Márcia, a via medicamentosa deve ser trabalhada em conjunto, dependendo do caso, embora apenas a terapia seja indicada para curar casos de insônia menos grave. Entretanto, a psicóloga diz que raramente um paciente chega ao consultório se queixando de insônia.

_ Seja por indicação médica ou por conta própria, ele sempre se queixa de um quadro maior, como ansiedade, por exemplo. Não há um número mínimo de sessões, as situações variam a cada caso _ completa.

Sono na medida

O comportamento normal do sono varia entre cinco e 10 horas por dia.

_ Mais do que isso, pode aumentar os riscos de problemas cardiovasculares e menos do que isso também _ afirma otorrinolaringologista Karin Dal Vesco.

No entanto, quem dorme apenas cinco horas por dia não é necessariamente insone.

_ O maior termômetro para identificar a insônia é como a pessoa se sente ao longo do dia. É preciso ver se ela apresenta sonolência, déficit de atenção, se não tem um sono restaurador _ explica a médica.

O chamado dormidor cur

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Resumo do Chamada Geral - Rádio Gaúcha

Próximo

UFSM abre sindicância para apurar caso de adolescente esfaqueado no campus

Geral