Foto: Beto Albert (Diário)
A sede do Grupo Diário recebeu, nesta sexta-feira (12), um encontro dos dirigentes de jornais do interior do Rio Grande do Sul. Diretores e proprietários de veículos de comunicação compartilharam experiências e iniciativas adotadas para ajudar suas regiões na retomada após a tragédia climática que abateu o Estado.
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Na oportunidade, os executivos também trocaram informações sobre alternativas de negócios que possam inspirar os demais veículos na tentativa de contribuir para o desenvolvimento de suas comunidades.
Para o presidente da Associação dos Diários do Interior do Rio Grande do Sul (ADI/RS) e diretor da Folha do Mate, de Venâncio Aires, Ricardo Silberschlag, momentos de discussão como esse ajudam a traçar estratégias para o crescimento dos negócios de mídia no Estado.
– O papel do jornalismo nesse momento se tornou ainda mais relevante. É o momento de unir forças na comunicação para podermos trazer uma transformação à comunidade e retornar o mais próximo do que era antes – destaca
Durante a catástrofe climática, os veículos do interior também somaram esforços junto às comunidades e gestores públicos para o enfrentamento das consequências causadas pelas enchentes. Em muitos casos, os meios locais foram os principais canais de comunicação com a população afetada.
Expansão do jornalismo local
No dia em que completou 22 anos de atuação no Vale do Taquari, o Grupo A Hora anunciou a expansão para Pelotas e toda a região Sul do Estado. Desde 6 de julho, o veículo passou a circular o jornal diário A Hora do Sul, além de atuar no espaço digital com portal de notícias e redes sociais.
A oportunidade surgiu após o fechamento do jornal diário mais antigo da cidade, o Diário Popular, com 134 anos de atuação, que abriu uma lacuna na comunicação local e despertou o investimento do Grupo. Em entrevista a Rádio CDN, na manhã desta sexta-feira, o executivo do Grupo A Hora, Adair Weiss, destacou a importância de uma imprensa forte e independente para o desenvolvimento de uma região.
– Uma imprensa atuante faz uma região mais forte. Se o veículo de comunicação não influi o poder, não influi os problemas, não está presente nos anseios da comunidade, ele não tem razão de existir. O jornalismo profissional, comunitário, feito com responsabilidade e apuração, tem horizonte promissor – afirmou.
Como caminho para a superação dos desafios impostos aos veículos de comunicação atualmente, Weiss reforça a necessidade de criar uma aliança com a audiência, de modo que se produza conteúdos relevantes e que façam a diferença na vida das pessoas.
Tradição da mídia impressa
Mesmo em tempos de ampliação dos canais de informação, facilitada pelo acesso à internet e redes sociais, a mídia impressa ainda exerce papel fundamental quando se trata de proximidade e relevância para comunidades locais.
Pelo terceiro ano consecutivo, a credibilidade conquistada ao longo de 95 anos pelo Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul, resultou em aumento real no número de exemplares impressos vendidos. Em dezembro de 2023, houve 1% a mais de vendas em relação ao mesmo período de 2022, média de acréscimo que se mantém desde 2021.
– Acredito que o jornal impresso é um grande alavancador de todo o resto dos meios de comunicação. Se você tem um rádio, é possível fazer com que essa emissora seja alavancada pelo meio impresso. Porque o jornal traz credibilidade, diferente de um blog em que qualquer pessoa pode usar o espaço digital e dar sua opinião. O jornal permite que a gente tenha capacidade de análise, pesquisa e transmita ao leitor aquilo que verdadeiramente existe e aconteceu – afirma o diretor-geral do veículo, Eládio Dios Vieira da Cunha.
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