Ao longo do dia, o quanto você é resolutivo e prático e o quanto você sente as dores e as alegrias de cada situação para, só depois, conseguir agir? Será que somos mais racionais ou emocionais? Ou então, estamos naquela linha almejada por todos, a zona do equilíbrio. Embora, existam muitos testes para descobrirmos essa resposta, vale dedicarmos um tempinho para falarmos no assunto e, quem sabe, fazer aquela tão importante autoavaliação.
No último domingo, no Faz Sentido, a jornalista Fabiana Sparremberger recebeu o psicólogo Patrick Camargo para, juntos, darem espaço à razão e à emoção. Confira.
Autoconhecimento
Conforme Patrick, a inteligência emocional está conectada com o autoconhecimento. Quando a pessoa se conhece, é possível identificar se age mais pelo lado emocional ou racional.– No cotidiano, deparamo-nos com situações de frustrações e de desafios. E, para lidar com momentos tão diferentes, precisamos saber em quais circunstâncias a razão deve falar mais alto do que a emoção, ou vice-versa. O equilíbrio pode ser possível, sim, desde que as pessoas se conheçam – explica.
O ponto de partida para começar a administrar situações complicadas é se autoavaliar. Fabiana lembra o papel das críticas nesse aprendizado. Geralmente, nossas reações aparecem quando somos criticados tanto positiva quanto negativamente.– Se avaliarmos os feedbacks, podemos começar a refletir em relação a “o que estou fazendo ou deixando de fazer para receber essa crítica?”. Precisamos nos desarmar para descobrir o que precisa ser melhorado – comenta Fabiana, que é diretora de Jornalismo do Grupo Diário.
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Emoções
Existe um momento certo para buscar esse equilíbrio? É possível desenvolver o “lado” mais fraco? Para Patrick, a resposta é simples:– Quando algumas situações começam a prejudicar demais o dia a dia, como frustrações e angústia. Ou quando iniciam alguns questionamentos: “será que sou muito emocional?”, está na hora de buscar ajuda.
O psicólogo reforça que as emoções fazem parte de todos nós, entre elas, existem cinco fundamentais, a tristeza, nojo, raiva, alegria e medo. Mesmo assim, todas podem ser colocadas na balança.– Muitas pessoas acreditam que algumas emoções são ruins, porque saem da zona de conforto ao vivenciá-las. É preciso reconhecer o motivo da tristeza e da raiva, só assim, pode-se lidar com as situações diárias – explica Patrick.
Autoconfiança
Na busca de desenvolver o equilíbrio necessário entre razão e emoção, o primeiro passo é refletir:– É preciso parar e refletir. Aqui entra a questão da autoconfiança para ir em busca de desenvolver melhor as nossas competências e, por fim, resolver o problema. Atalhos nem sempre funcionam. Ir direto à resolução da causa é o caminho mais rápido, mas não funciona – avalia Fabiana.
Razão ou emoção? O que é melhor? Depende da área que precisa ser aprimorada em nós. Todo mundo fortalecer um dos lados.– Em resumo, é importante separar um tempo durante o dia para reconhecer as próprias vulnerabilidades e emoções. Vale aqui fazer uma lista das reações que mais nos identificam e, aos poucos, buscar as mudanças necessárias a curto, a médio e a longo prazo. Assim, será mais fácil alcançar o tão sonhado equilíbrio – conclui Patrick.
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