Faz Sentido: Uma conversa sobre mitos e verdades relacionadas ao sexo

Eduarda Paz

Faz Sentido: Uma conversa sobre mitos e verdades relacionadas ao sexo

A prática sexual é cercada de mitos, verdades e incertezas. E, para conversar a respeito deste tema, no último domingo, a jornalista Fabiana Sparremberger recebeu o psicólogo Cesar Brido Filho, especialista em sexualidade humana. Confira como foi esse bate-papo.

Diálogo

Fabiana – Então, Bridi. É mito que não é preciso conversar a respeito de sexo com o parceiro ou parceira…

César – A vida sexual é um reflexo dos nossos relacionamentos amorosos, escolhas e cotidiano. Como é um momento de muita intimidade, precisamos conversar com a outra pessoa, porque a probabilidade de dar certo e ser prazeroso é maior quando há diálogo. Se não houver conversa, algumas questões podem ficar subentendidas. Às vezes, em casamentos de 20 anos, por exemplo, o sexo pode não ser prazeroso para um dos cônjuges, devido à falta de conversa em relação ao assunto.

Fabiana – O que leva as pessoas a não falarem com o parceiro? Existem motivos específicos?

César – Muitos casais até têm cumplicidade, aquela parceria do cotidiano. Mas não têm intimidade. Ou seja, podem sentir que não têm liberdade para conversar a respeito do assunto, por medo de rejeição ou insegurança. Não falar aquilo que deseja pode tornar o sexo “programado”, como uma obrigação.

Leia também:

Faz Sentido: Por que é tão importante manter o autocuidado na nossa rotina?Faz Sentido: o quanto a comunicação é importante no trabalho?Faz Sentido: por que ainda é difícil conversar sobre gravidez na adolescência?

Saúde Mental

Fabiana – Nos últimos anos, aumentaram as discussões relacionadas à saúde mental. As interferências psicológicas afetam a vida do casal?

César – Certamente. Quando temos um cotidiano estressante, levamos isso para cama. O sexo pode funcionar como válvula de escape para algumas pessoas. Isso não é necessariamente ruim, porém, pode ser o alerta que algo não está bem.

Fabiana – Quais os medicamentos que podem influenciar na vida sexual?

César – Remédios de uso contínuo podem afetar a questão do libido (desejo sexual). É importante conversar com o médico para saber todas as informações necessárias e o que fazer para aumentar o desejo. Sempre precisamos estar atentos se a ausência de libido tornar-se frequente, mesmo sem o uso de medicamentos. Pode ser um indicativo de que algo não está bem e precisa ser investigado.

Quem gosta mais?

Fabiana – E por falar em mitos e verdades, quem gosta mais de sexo? Homem ou mulher?

César – Não há regra aqui. Como os homens são mais visuais e as mulheres mais atentas ao toque, pode haver confusão na hora de interpretar “quem gosta mais”. Todo mundo tem o mesmo potencial para se relacionar sexualmente. Frequência, preferência, entre outras questão, são atributos de cada pessoa.

Fabiana – Uma questão relacionada à saúde foi abordada na nossa enquete nas redes sociais: é normal sentir dor durante a relação?

César – É mito. A pessoa deve buscar ajuda médica, porque a dor pode ser sinal de alguma síndrome ou infecções sexualmente transmissíveis (IST). Várias questões podem provocar desconforto. Os homens, geralmente, são mais resistentes a buscar auxílio médico, mas precisamos desconstruir a ideia de que conversar a respeito de sexo é errado ou proibido.

Leia mais notícias

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Região Central representada por pelo menos 54 candidatos a deputados Anterior

Região Central representada por pelo menos 54 candidatos a deputados

Claudemir Pereira: da Arena ao apoio a petistas, a trajetória do decano José Haidar Farret Próximo

Claudemir Pereira: da Arena ao apoio a petistas, a trajetória do decano José Haidar Farret

Geral