Foto: Divulgação e Pedro Piegas (Arquivo/Diário)
Admar Pozzobom (PSDB) à esq. e Sérgio Cechin (PP) à dir.
Embora fosse desejável, e os parlamentares dariam um exemplo e tanto de civilidade política, aparentemente não haverá acordo amplo para os cargos de direção da Câmara de Vereadores. Pelo menos não no primeiro ano da próxima legislatura, que inicia em 1º de janeiro.
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Dito isto, alguns fatos já podem ser alinhados. Parte deles, inclusive, já ocorrendo, mesmo que na sua maioria andando pelos corredores do Palacete da Vale Machado. E determinadas afirmações já podem ser feitas.
A primeira, e talvez a mais importante, e tomando emprestada a linguagem do futebol, o novo presidente do parlamento da comuna será um “cascudo”. Sem espaço para quaisquer dos seis novatos – considerando-se que dos nove que não estão hoje no Legislativo três não apenas já estiveram na Casa, como até a presidiram.
Também se pode afirmar que não será uma mulher que vai comandar o Legislativo. Para que isso acontecesse, o nome da presidente teria de ser da oposição, o lugar em que se encontram as três eleitas, as petistas Helen Cabral e Marina Callegaro, e a psolista campeã de votos, Alice Carvalho.
É bastante improvável que algum acordo aconteça, que permitisse a um oposicionista ocupar o cargo. Mas, se ocorresse, seria destinado certamente a um veterano. E aqui há três que já foram da função, o petista Valdir Oliveira, o comunista do B Werner Rempel e o unionista Marcelo Bisogno.
A terceira afirmação possível é que, sempre considerando a improbabilidade de amplo acordo, os alinhamentos possíveis indicam certamente dois grupos, mas talvez três. Sempre tendo em mente a possibilidade de cooptação, via cargos, é possível identificar essas composições.
A mais nítida, talvez, seja a da oposição. Conta com oito parlamentares: os quatro petistas, mais um comunista do B, uma psolista, um pedetista e um unionista.
O restante é governista (tomando por base o segundo turno da eleição). Além dos três tucanos, conta com dois pepistas, dois republicanos, dois emedebistas, dois liberais, um novista e um podemista.
Esse grupo, por questões ideológicas, poderá eventualmente se dividir, ficando de fora (e formando o terceiro grupo) os liberais e os podemistas, inclusive pela vontade deles. Mas, num primeiro momento, o mais provável é que estejam todos juntos.
Pois é exatamente deste grupão que sairá o “cascudo” presidente do Legislativo no primeiro ano do mandato. Segundo a rádio-corredor do Palacete, dois seriam os favoritos para o cargo principal: os ex-presidentes Sérgio Cechin (PP) e Admar Pozzobom (PSDB) – ambos nas fotos que ilustram esta nota. Correndo por fora, nesse processo, outro ex-comandante da Casa, João Ricardo Vargas (PL).
Mas atenção para dois fatos dignos de anotação para cobrança futura:
A) Qualquer acordo feito agora, de que lado seja, valerá para apenas um ano. Mesmo que firmem algum documento dizendo o oposto;
B) não há cargo disponível para tanto edil interessado. Logo, “quebrar os pratos” ali adiante, independentemente do vitorioso, é algo tão certo quanto você estar lendo este texto.
E ponto.
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