A partir de segunda-feira, Exército e Brigada Militar (BM) estarão juntos em barreiras nas ruas de Santa Maria. Enquanto a 6ª Brigada de Infantaria Blindada coordenará o treinamento de centenas de militares do Exército, o Batalhão de Operações Especiais (BOE) da BM fará operações simultâneas de fiscalização.
A Polícia Civil também terá participação, agilizando o registro de possíveis ocorrências decorrentes das abordagens e no trabalho posterior de investigação.

A ação conjunta entre o Exército e a Brigada Militar está sendo tratada desde março deste ano e prepara os militares para uma das atribuições do Exército Brasileiro, que é a Garantia da Lei e da Ordem, quando for necessário o emprego das tropas. O exercício é anual. A diferença é que, neste ano, a BM atuará junto.
A ideia, segundo o Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) Central da BM, é aproveitar a logística do Exército para fazer abordagens e verificação de documentos pessoais e de veículos. Além disso, as ações servirão para dar sensação de segurança à população.
Conforme a 3ª Divisão de Exército (3ª DE), as atividades têm o objetivo de treinar soldados antigos e cabos. Por isso, haverá rodízio entre as unidades militares sediadas no município. Em cada dia, deve haver a participação de uma companhia com cerca de 100 militares.
Por parte do BOE, devem ser duas viaturas, diariamente, com quatro policiais cada uma. A expectativa é que as ações ocorram pelo menos uma semana por mês até outubro ou novembro deste ano.
O cronograma com locais e horários das barreiras não será divulgado para manter o efeito surpresa. Mas as barreiras devem ocorrer no entorno dos quartéis da cidade. E serão volantes, ou seja, ficarão algumas horas em um local e, depois, mudarão para outro ponto.
A medida, segundo o coronel Alex Ricardo Hofmann, comandante do CRPO Central, tenta impedir que os avisos disparados pelos motoristas por meio de redes sociais cheguem ao conhecimento de foragidos, por exemplo, de modo que eles consigam escapar das barreiras.

Para escolher os locais, o Exército levou em consideração o mapa feito pelo Setor de Inteligência da Brigada que indica os pontos com maior incidência de determinado crime. Foram considerados os crimes cometidos em 2016 e neste ano.
– O militar do Exército pede a colaboração para o exercício junto com a Brigada Militar. Ele faz a abordagem e, se houver suspeita, quem conduz é a BM – diz o assessor de comunicação da 3ª DE, coronel Nei Leiria do Nascimento.
Além disso, a BM deverá fazer um estudo comparando os índices de ocorrências atuais com os índices registrados durante o período em que as ações forem desenvolvidas.
– Se for verificado algum ilícito ou qualquer situação fora do normal, os policiais militares vão atuar, porque o Exército não tem poder de polícia – disse o coronel Alex Ricardo Hofmann, comandante do CRPO Central.