Os moradores já improvisaram uma pinguela na metade do rio, mas não estão nada otimistas. Acham que a estrutura não vai durar até a próxima chuva. Na outra metade, onde não há a ponte artesanal, o jeito é colocar o pé na água ou os alunos tiram os sapatos ou vão para a escola com os pés molhados.
Uma alternativa seria fazer a volta por outra estrada. Mas, nesse caso, o trajeto de 30 a 40 minutos de caminhada ficaria cerca de dois quilômetros maior. Por isso, a opção é descartada pelos pais, que já precisam deixar o trabalho para acompanhar os filhos na travessia.
O agricultor Isidoro Fontana, 50 anos, vai até o local três vezes por dia, para levar os filhos Mateus, seis anos, e Vitor, 11:
Venho de manhã, trazer o Vitor. Ao meio-dia, trago o mais novo e busco o mais velho. Volto no final da tarde para buscar o Mateus. Nos dias em que a aula termina mais cedo, mal dá tempo de voltar ao trabalho e já está na hora de vir de novo.
Lourdes Fontana Alves, 37 anos, diz que só é possível atravessar nos dias em que o nível do rio está baixo.
Além das crianças, há idosos que precisam passar por aqui. Em dias de chuva, a água fica alta e não tem como passar, as crianças perdem aula conta.
O secretário de Infraestrutura, Obras e Serviços, Tubias Calil, explica que, nos próximos dias, deve ser feita uma nova pinguela no local.
Temos somente uma equipe de pontes. Ela já está trabalhando em Arroio Grande. Lá (no distrito) são quatro pontes para fazer. Eles (equipe) estão trabalhando na segunda e, quando concluírem, vão construir essa. Está dentro do cronograma da secretaria explica o secretário, que não deu prazo para a obra.
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