Esteticista encontrou em Santa Maria oportunidade de vida melhor para a família

Foto: Arquivo Pessoal

Aos 37 anos, a técnica em estéto cosmetologia Aline Marcon é proprietária de uma clínica de estética em Santa Maria. Nascida e criada em São Francisco de Assis, Aline veio morar no Coração do Rio Grande, em 2001, para tentar melhores condições de vida para ela, a filha Renata Marcon de Carvalho, 17 anos, o pai Ezequiel Antonio Marcon, 67 anos, e a mãe, Fatima Righes Marcon (falecida em dezembro de 2017), e os irmãos Alex, 41, e Alan Marcon, 29. Aline sempre gostou de ajudar as pessoas e encontrou na estética um dom. Em conversa com o Diário, ela fala a respeito da importância de ser atendido por um bom profissional nesta área.

OPINIÃO: Consciência cidadã

Diário - Quando veio morar em Santa Maria, você já sabia qual profissão queria seguir?
Aline Marcon - Em 2001, quando cheguei à cidade, fiquei na casa de uma amiga. Procurei emprego e trabalhei com diversas atividades, mas nunca me encontrava. Nesse período, a Renata era pequena e ficou em São Francisco de Assis com a mãe. Retornava todos os finais de semana para casa para matar a saudade. Eu queria crescer pessoal e profissionalmente. Se ficasse em São Chico (São Francisco de Assis), acredito que não teria o desenvolvimento que tenho hoje. 

Foto: Arquivo Pessoal
Realizando um procedimento de micropigmentação de sobrancelhas

Diário - De que forma você encontrou profissionalmente?
Aline - Cheguei deslumbrada em Santa Maria, mas não conseguia me achar em nenhuma profissão. Um dia, estava passando na Rua Floriano Peixoto e vi uma placa de um curso de massoterapia estética corporal e facial. Pensei que era aquilo mesmo, entrei e me matriculei. Terminei o curso e aluguei um quarto para fazer massagens. Em questão de três ou quatro meses, já estava com a Renata morando em Santa Maria. As mulheres faziam filas para realizar massagem corporal. Como a procura era grande, fiz parceria com o antigo Ponto Fashion, na Rua Coronel Niederauer, onde o fluxo de clientes era intenso, e também comecei a fazer limpeza de pele e depilação. Com mais experiência, busquei outras especializações em Porto Alegre e não parei mais. Fiz cursos fora do país e pelo Brasil. A satisfação em ajudar as clientes só aumenta. Fazer a sobrancelha é mexer com sentimentos, com a alma. 

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Diário - Além da paixão por embelezar as pessoas, o que mais faz você seguir na área da estética e da beleza?
Aline - Sempre gostei de fazer meus horários, e o ramo da estética me propicia isso. A área se desenvolve cada vez mais. E eu já gostava de dar dicas de beleza e de moda para as minhas amigas e para as pessoas próximas. Também sempre fui de me cuidar bastante. É uma satisfação deixar alguém mais feliz com meu trabalho. A estética mexe muito com isso. Tem esse dom de empoderar e deixar a autoestima da mulher elevada. 

Foto: Arquivo Pessoal
No ano de 2017, Aline esteve entre as 15 selecionadas entre todas as micropigmentadoras inscritas do país, para concorrer a categoria Master Amiea Talents 2018, representando Santa Maria

Diário - Por que decidiu permanecer em Santa Maria?
Aline - Santa Maria é perto da cidade da minha família. Assim, posso visitá-los mais seguido. Gosto daqui e fui muito bem acolhida. Além disso, é perto de grandes centros. Criei raiz no Coração do Rio Grande. Morar em Santa Maria também me proporciona atender a região centro uma vez por mês, já que faço parceria com alguns espaços e eles fecham agenda para eu atender. 

OPINIÃO: Não percam tempo com as teses

Diário - Qual a importância dos estudos durante a formação de profissionais de estética?
Aline - É sempre válido. Temos de saber a teoria e ir lapidando ela para crescermos sempre. Ingressei na primeira turma de Estética e Cosmética na Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), em Santa Maria. Quando o curso completou 10 anos de existência, me formei. Quando ingressei, não tinha condições de pagar. Fui fazendo aos poucos. Pretendo começar uma pós em micropigmentação, em Porto Alegre, em novembro. A micropigmentação entrou em minha vida por acaso. O vendedor de ceras depilatórias me dizia para realizar o curso para fazer sobrancelhas. Eu demorei em aceitar. Mas, hoje, sei que fiz o curso certo. Minha realização é ver minhas clientes satisfeitas ao saírem do salão.

Foto: Arquivo Pessoal
Em 2016, participou do Top 7 Brasil, promovido pela Academia Brasileira de Micropigmentação. Ficou em imersão durante sete dias no interior de São Paulo, participando de cursos com profissionais da área de Micropigmentação. Retornou ao Estado apta a ministrar cursos na área, tornando-se Membro da Federação Brasileira de Dermopigmentação, a Fabdec

Colaborou Natália Venturini