Uma medida da prefeitura de Restinga Seca tem causado polêmica junto às escolas da rede municipal, que ficam na zona rural. O prefeito Mauro Schunke (PDT) determinou que as instituições passarão, a partir de hoje (quando começa o ano letivo), a contar com o processo de enturmação. Ou seja, alunos de diferentes anos escolares estudarão na mesma sala de aula.
A decisão causou perplexidade em pais de alunos das escolas Dezidério Fuzer e Manuel Albino Carvalho, ambas de Ensino Fundamental, que mostram-se contrários à medida. O chefe do Executivo alega que a medida foi tomada observando dois fatores: poucos alunos por série nessas escolas e, por fim, otimizar o número de professores existentes.
Há um contexto de crise financeira. Temos uma redução de receita de 20%. Logo, temos de otimizar o pouco recurso existente. Pedimos a compreensão às pessoas e entendam que o ano exigirá de todos esforços para que possamos fechar as contas em dia. Além do que essa medida já é adotada, há muito tempo, em municípios da Quarta Colônia avalia o prefeito.
De acordo com Schunke, a medida atingirá mais três escolas da zona rural. O prefeito alega que, nos últimos 10 anos, o número de alunos reduziu de 2,4 mil para os atuais 1,2 mil alunos. Isso, segundo ele, demonstra uma necessidade urgente de reestruturar as escolas com poucos alunos. Além disso, haverá um corte no número de professores. Hoje, são 180. O Executivo fará um corte junto àqueles que tenham contrato temporário, passando a ficar com um total de 154 educadores. Em Restinga, há oito escolas (na cidade e na zona rural) e duas creches.
Risco ao aprendizado
Terezinha Marli dos Santos, que é diretora da Escola de Ensino Fundamental Manuel Albino Carvalho, acredita que a medida traz impactos negativos ao aprendizado. Na escola que ela dirige, as duas turmas (de 4º e 5º anos) serão enturmadas.
Já na Dezidério Fuzer a previsão é que o mesmo ocorra com oa alunos do 1º e do 2º anos.
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