Entre o comum e o raro: os nomes mais escolhidos em Santa Maria neste 2025

O balanço sobre os nomes que lideram as listas entre os milhares de nascimentos sempre desperta curiosidade e é um dos mais aguardados no encerramento de cada ano. Por esse motivo, com a proximidade da virada de ciclo, a equipe de reportagem do Diário realizou um levantamento, junto ao Cartório de Registros Civis das Pessoas Naturais, da 2ª Zona de Santa Maria, sobre os nomes mais registrados em 2025 no município. O resultado revela tendências, permanências e rastros que dialogam com a memória local.

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Os nomes mais escolhidos ao longo do ano formam um conjunto que ecoa histórias familiares, referências culturais e movimentos do tempo. Entre os três femininos mais usados, Maria, Cecília e Helena. A lista acompanha mudanças recentes na cidade, com preferência por registros com grafias mais lineares. Nos nomes masculinos, Arthur, Miguel e Matias dominam os registros em 2025 na cidade.

 
– Nós temos todo um processo para o registro. Nós perguntamos o nome que os pais querem, a grafia, se tem acento, depois a gente já pergunta como é que é a ordem dos sobrenomes, geralmente é usado os últimos sobrenomes, mas tem casos excepcionais que botam o sobrenome do meio, ou pegam o sobrenome do avô, que também é permitido. Aí, logo após, a gente imprime um rascunho do termo, para os pais conferirem se está tudo correto – explicou Andressa Soares, que trabalha no processo de registro dos nomes.

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Na lista também há nomes que caminham para a raridade. Entre eles, aparecem Hadassa, Jdhasmine e Dhemilly que se destacam entre os femininos registrados neste ano em Santa Maria. Já Beniamino, Mezaque e Zion estão entre os masculinos menos utilizados.

– A gente até não fala em nomes incomuns, chamamos de nomes não tão utilizados, pois todos têm uma história e um motivo para ser registrado desta forma, então sempre respeitamos ao máximo a escolha e também antes do registro oficial nós mostramos diversas vezes a opção – explicou Ana Helena Conden, que há mais de 40 anos atua no cartório.

Não gostou do seu nome?

Com a experiência de quem atua de perto no registro dos nascimentos, Andressa conta que há pais que optam por letras não tão comuns como diferencial nos nomes. Mas, em caso de o nome não agradar, frisa ela, é possível mudá-lo,desde que preencha alguns critérios. 

 
– Tem famílias que colocam Y,W,X nos nomes, então isso deixa um pouco único o nome, aí acabam sendo quase que exclusivos na cidade. E, após os 18 anos, caso a pessoa não goste do seu nome, ela tem direito a trocar, desde que tenha consigo uma série de certidões (negativas criminais,serviços prestados, trabalhistas entre outros), pois fazemos a troca do documento também e a gente comunica os outros locais – finaliza Andressa.

Contudo,a busca por grafias alternativas diminuiu em relação ao início da década. As famílias têm optado por escolhas mais estáveis, o que indica uma tendência de simplificação do registro civil.

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Nomes mais registrados em Santa Maria em 2025

Ao observar os nomes de 2025, o Diário percebe um movimento que combina permanência e reinvenção. A força de nomes amplamente usados, como Maria e Arthur, convive com o quase apagamento de nomes que hoje habitam o fim de longas listas, como Antinio e Brain, nomes que constam nos registros do Censo de 2022, disponibilizados pelo IBGE. 

Enquanto Santa Maria se aproxima do último dia do calendário, os nomes registrados ao longo do ano se tornam parte do repertório da cidade. Uns ganharão destaque nos próximos anos; outros permanecerão discretos, mas ainda presentes. 

E, quando 2026 chegar, os cartórios voltarão a ser palco de decisões que dirão algo sobre o tempo em que vivemos.