Dengue

Depois dos casos confirmados, combate ao Aedes precisa ser intensificado em Santa Maria

Mariana Fontana

"

A luta contra o Aedes aegypti, transmissor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya, que já vinha sendo intensificada em Santa Maria, precisa ser ainda mais efetiva. Isso porque dois casos de dengue foram confirmados na quinta-feira pela Vigilância Epidemiológica. A possibilidade de que as duas pessoas tivessem contraído a doença já vinha sendo investigada há mais de uma semana pelo Laboratório Central do Estado (Lacen).

"Queremos criar uma tensão mobilizadora na sociedade", diz ministro da Defesa

Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Selena Michel, trata-se de dengue importada, isto é, a doença não foi contraída no Estado, assim como nos últimos casos registrados em anos anteriores na cidade. Conforme Selena, não há motivo para pânico, no entanto, as ações individuais, em cada casa, precisam ser parte da rotina da população.

Peruana é atendida no PA do Patronato com suspeita de zika vírus

– As pessoas não têm que se alarmar, elas têm é que fazer uma vistoria nas suas próprias residências. Até o momento, não há vírus circulante na cidade – destaca a superintendente.

As campanhas de conscientização e de eliminação de focos do mosquito seguem ativas em Santa Maria. No dia 4 deste mês, um mutirão realizado pela prefeitura, em parceria com militares do Exército recolheu três caminhões de entulho das residências do Bairro Juscelino Kubitschek. As casas que não foram contempladas irão receber a mesma ação na segunda, terça e quarta-feira da semana que vem.

Já nos bairros Medianeira e Nossa Senhora de Lourdes, que também estão entre os mais infestados, assim como o JK, devem receber a ação a partir da semana do dia 22 de fevereiro.

No sábado é o Dia de Esclarecimento sobre o Aedes. Agentes comunitários de saúde e militares do Exército passarão de casa em casa para informar sobre as doenças causadas pelo mosquito e conscientizar sobre cuidados.

Procurar médico é importante

Quando um paciente que apresenta algum dos sintomas da dengue (ou de alguma das outras duas doenças) procura uma unidade de saúde, uma notificação é enviada para a Vigilância Epidemiológica do município, que também notifica a Vigilância Ambiental. À Epidemiológica, cabe fazer uma investigação do caso com o paciente, obtendo informações a respeito da doença, se a pessoa viajou, os sintomas que teve. Enquanto isso, a Vigilância Ambiental faz uma varredura perto da casa da pessoa com a suspeita.

O que a vigilância em saúde orienta, é que, ao menor sintoma da doença, procure uma unidade de saúde. Os profissionais da área receberam uma capacitação nos dias 27 e 28 de janeiro, onde foram informados sobre os sinais e sintomas que diferenciam as três doenças transmitidas pelo Aedes, o diagnóstico e o tratamento clínico. Uma segunda ação está programada para a próxima segunda-feira, com a finalidade de atingir todos os profissionais da saúde que atuam em serviços públicos e privados considerados como porta de entrada para o atendimento da população. A capacitação irá ocorrer às 18h, no auditório da prefeitura.

Conforme o médico infectologista do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), Alexandre Schwarzbolz, a procura por profissionais de saúde, quando há algum dos sintomas, se faz necessária já que a manifestação da dengue pode ser confundida "

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Estado é condenado a indenizar família de sem-terra morto por policial

Próximo

Polícia responsabiliza dois por assassinato em Rosário do Sul

Geral