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Contaminações por Covid-19 desaceleram em Santa Maria, mas em ritmo mais lento

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Foto: Pedro Piegas (Diário)/

A desaceleração do registro de novos casos de Covid-19 em Santa Maria é mais lenta do que em outras das principais cidades do Rio Grande do Sul. É o que aponta os cálculos e projeções do Projeto Exactum do Instituto de Matemática, Estatística e Física (Imef) da Universidade Federal do Rio Grande (Furg), que acompanha índices de contaminação nas cidades gaúchas. Mesmo assim, as taxas de disseminação do vírus estão em queda desde meados de fevereiro e apontam para uma redução de casos confirmados nas próximas semanas.

A cada dia, quatro novas armas são registradas em Santa Maria

A tendência é apontada pelo Índice de Reprodução Basal (R0), ou Índice R. Quando o índice está abaixo de 1, há uma desaceleração do registro de novos casos. O oposto acontece quando o índice está acima de 1. Para Santa Maria, em cálculo com dados de 27 de março, o índice está em 0,95. Ou seja: cada 100 novos infectados infectam apenas outros 95 indivíduos, o que representa uma desaceleração na disseminação do vírus. Para efeitos de comparação, em 6 de janeiro, no começo da onda de casos causada pela variante ômicron, o índice chegou a 1,38 em todo o Estado. Atualmente, a média estadual é de 0,83, menor índice desde que a equipe de pesquisadores começou o trabalho, em fevereiro de 2021.

ÍNDICE R EM CIDADES GAÚCHAS

  • Rio Grande - 0,55
  • Pelotas - 0,8
  • Bagé - 0,95
  • Caxias do Sul - 0,7
  • Passo Fundo - 0,9
  • Porto Alegre - 0,85
  • Santa Maria - 0,95
  • Santana do Livramento - 0,91
  • Santa Rosa - 0,71
  • São Borja - 1

A equipe também faz projeções dos casos de Covid-19 para 20 dias. De acordo com a atual tendência, Santa Maria deve chegar no dia 16 de abril a 57.105 casos de coronavírus - 1.194 do que o registrado atualmente no boletim epidemiológico da prefeitura.

Apesar da desaceleração, o professor do Imef da Furg, Sebastião Gomes, um dos coordenadores do projeto, pede a manutenção de medidas preventivas.

- Mesmo com a população vacinada, existem sempre os casos que progridem para graves, principalmente na população idosa. Portanto, nós desaconselhamos a flexibilização das medidas de prevenção. Há aquela sensação de que a pandemia acabou, e isso não é verdade. Somos contra as medidas como a não obrigatoriedade do uso de máscara. Achamos que ainda não é o momento, principalmente em ambientes fechados - afirma Gomes.

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O professor também lembra que países da Europa que promoveram, nas últimas semanas, relaxamento das medidas de prevenção, passaram por novos aumentos de casos de Covid-19 e que isso pode se repetir por aqui.

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