Fotos: Fernando Ramos (arquivo/ Diário) e Deni Zolin (Diário)
A obra da duplicação da Travessia Urbana de Santa Maria, que completou 4 anos no domingo, com 66% dos serviços executados, deve ter grande impulso em 2019, pois o Congresso votará hoje o Orçamento prevendo R$ 107 milhões à construção. Diante do rombo nos cofres da União e das dificuldades da economia, se for aprovada esta verba, será uma grande vitória para Santa Maria. Nos primeiros quatro anos, nunca veio tanto dinheiro para a duplicação (veja aqui como está a obra após 4 anos).
Segundos os deputados federais Paulo Pimenta (PT) e Giovani Cherini (PR), além dos R$ 65 milhões previstos no Orçamento, a bancada gaúcha incluiu emenda de R$ 55 milhões, o que totalizaria R$ 120 milhões para 2019. Mas o relator do Orçamento acabou reduzindo essa emenda para R$ 42 milhões, ficando um total de R$ 107 milhões. Se isso for aprovado hoje, o único risco de esses recursos não virem para a obra será se o governo Bolsonaro fizer corte de parte do Orçamento para economizar.
FOTOS: o que já está pronto e o que falta fazer na duplicação da Travessia Urbana
Como faltam cerca de R$ 130 milhões para concluir a duplicação, essa verba seria suficiente para quase terminar a obra - até porque é possível fazer remanejos de recursos e enviar mais dinheiro para a Travessia ao longo do ano.
Apesar do atraso, é uma vitória para a cidade ter essa duplicação sendo feita. Nas imagens acima, vejam como mudou o cenário na reta da BR-158, entre o viaduto da rodoviária e a Rua Duque, de 2013 para agora.
VERBA SERÁ MAIOR, ATÉ AGORA, MAS FALTA MUITO A SER FEITO
Na prática, a duplicação só deve terminar em 2020, segundo o Dnit (eu temo que vá até 2021) porque ainda há muitas coisas complexas para serem feitas. Uma é a desapropriação de mais cem casas e pedaços de terrenos. Mesmo havendo sucesso nas audiências de conciliação na Justiça, que estão previstas para ocorrerem nos primeiros meses de 2019, há o risco de algum caso se enrolar - e sem a desocupação de uma pequena parte dos terrenos, não há como seguir com a obra nesses locais. Outra parte complexa é o trevo da Uglione, que terá viadutos, no sentido Urlândia-Duque, e trincheiras (rodovia abaixo do nível do solo) no sentido Duque-Faixa de São Sepé. Ao nível do solo, a rotatória será mantida, com pequenos viadutos sobre as trincheiras. Além disso, é preciso ainda construir as passagens inferiores (túneis) na Capitão Vasco da Cunha e na Urlândia. E no lote 2, da Uglione à Ulbra, ainda falta fazer 14% da terraplenagem e 70% do asfaltamento dos 9,5 km. Se bem que, havendo dinheiro de sobra, as obras andam.