Depois do granizo

Com mais de 2 mil casas danificadas, Rosário do Sul pode decretar situação de emergência

Pâmela Rubin Matge

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Depois da cidade ser atingida por uma chuva de granizo que durou cerca de 40 minutos na madruga de sexta-feira, a prefeitura de Rosário do Sul trabalha no levantamento dos estragos e no cadastramento das famílias prejudicadas.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Éverson Müller, passam de 2 mil casas danificadas pela chuva e o prefeito Luis Henrique Antonello (PSB) pode decretar situação de emergência:

_ Todos os bairros da cidade foram atingidos. Cadastradas, temos  cerca de 900 famílias que nos ligaram ou nos procuraram diretamente para receber lona, fora as pessoas que consertaram por conta ou tentaram um paliativo para não tirar o pé de casa. O número cresceu, temos mais 2 mil residências com estragos. Estamos com quatro assistentes sociais na rua fazendo o levantamento _ informa o coordenador.

Uma força-tarefa que começou ainda na madrugada de sexta-feira se intensificou e conta com veículos e cerca de 100 pessoas das secretarias de Obras, Assistência Social, Planejamento, Agricultura e Gabinete do Prefeito. O auxílio também vem do Corpo de Bombeiros, Brigada Militar, Polícia Civil e voluntários do município.

Segundo Müller, toda lona que a cidade possuía se esgotou. Mesmo com o reforço de 16 mil metros comprados na cidade vizinha, São Gabriel, a quantidade foi suficiente para cobrir apenas 400 casas:

_ Estamos de mãos atadas, com dificuldade de encontrar o material. Não pode ser qualquer coisa, só um ou dois rolos, além de precisar ser resistente. Tentamos conseguir com a Afulbra e estamos aguardando. Na região metropolitana, os estragos foram semelhantes ao nosso e não existe lona.

Além de localidades do interior, o centro de Rosário do Sul também sofreu as consequências do granizo. Várias escolas municipais, o asilo e o Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora foram danificados.
Contudo, não há pessoas desalojadas ou desabrigadas e o principal rio da cidade, o Rio Santa Maria, já baixou dois metros do seu nível normal.

Em outros municípios da região, a trégua da chuva ameniza os prejuízos

Em São Sepé, segundo o Corpo de Bombeiros, a chuva foi fraca na madrugada. O nível do Rio São Sepé baixou e a situação na cidade está controlada.

Conforme o vice-prefeito do município Wolnei Vasconcelos (PP), após o excesso de água transbordar o Lajeado do Moinho, equipes da secretaria de Obras fizeram a retirada de galhos do local, na manhã deste sábado. Os moradores do bairro Londero, um dos mais atingidos por alagamentos, estavam abrigados na residência de parentes e pouco a pouco retornam às suas casas:

_ Foram mais 140 milímetros de chuva, mas agora acalmou. Seguimos em estado de alerta e com o apoio das secretarias do município para dar toda assistência necessária _ assegura Vasconcelos.

A Defesa Civil de São Gabriel e o Corpo de Bombeiros de Caçapava informaram que não foram registrados novos prejuízos por causa da chuva.


 

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