Cerca de 150 pessoas em vulnerabilidade social recebem agasalhos durante o “mutirão de inverno”

A chegada dos dias mais frios escancara uma realidade dura e extremamente difícil para as pessoas em vulnerabilidade social, que é a falta de agasalhos para manter-se aquecido nos dias gelados. Ações solidárias são realizadas para amenizar essa situação e dar um pouco mais de esperança a esses cidadãos. Na manhã deste domingo, cerca de 150 pessoas receberam cobertores, roupas e demais agasalhos durante o “mutirão de inverno”, realizado na Praça Saldanha Marinho.

O ato foi organizado pelo projeto UFSM nas Ruas e Café da Tarde Social, com auxílio de voluntários. O mutirão também contou com café da manhã junino, seminários de politização, cuidados com a saúde no inverno e a prática de autocuidado com cortes de cabelo.A iniciativa, destinada a pessoas em situação de rua e catadores, distribuiu 60 cobertores e 90 roupas e agasalhos. Conforme o coordenador do Café da Tarde Social, Reinaldo Santos, o projeto já atende semanalmente diversas famílias em vulnerabilidade social.

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É através de parcerias que conseguimos construir o evento e ajudar essas pessoas. A organização é independente, através de entidades sociais. A permanecia do mutirão, pelo terceiro ano consecutivo, demostra a capacidade do cidadão santa-mariense em se auto-organizar para promover a solidariedade e o amor a quem necessita – comenta Reinaldo.

É por meio de projetos como este que Ronaldo Santos, que está em situação de rua, consegue receber o mínimo necessário para sobreviver aos dias de frio. Ele conta que sempre vai à praça para participar dessas ações, que acabam sendo um dos poucos apoios que recebe.

É muito importante para nós esses mutirões, me sinto acolhido com os cobertores, agasalhos e o café da manhã que foi preparado – declara Ronaldo. A ação também contou com a presença do projeto de Porto Alegre Divas da Alegria. A fundadora Marilice Carrer relata que a iniciativa tem o objetivo de proporcionar melhor qualidade de vida a mulheres acima de 60 anos, além de atividades culturais e solidárias. Durante a pandemia, o grupo confeccionou calendários temáticos para comercialização. A verba foi destinada a ações como a do mutirão de inverno.

Nós estamos participando pela segunda vez do mutirão. Este ano, graças às doações e arrecadações que tivemos pela venda dos calendários, pudemos distribuir cerca de 800 peças de inverno, como cobertores , roupas e meias – conta Marilice.

Solidariedade

O voluntariado é extremamente necessário para o mutirão ajudar aqueles que estão desamparados e precisam de mantimentos para passar pelo inverno rigoroso de Santa Maria. A estudante de Terapia Ocupacional Ester Leite relata que o projeto conta com 10 voluntários ativos, e sempre é importante a participação da população: – Eu acredito que o voluntariado é o que faz o projeto acontecer. Nós estamos aqui para reforçar um direito que já é deles como cidadãos, de ter o que comer e vestir. Não é uma caridade.

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A nutricionista Fernanda Fogaça Teixeira organiza o café solidário desde 2018. A ação acontece no segundo domingo de todos os meses. Em parceria com o mutirão de inverno, Fernanda levou até o coreto da Praça Saldanha Marinho um café da manhã junino com canjica, arroz de leite, pipoca e carapinha.

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