Casa de Saúde segue sem realizar partos

A situação segue a mesma. Enquanto apenas o Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) recebe as gestantes que dependem do Sistema Único de Saúde (SUS), na Casa de Saúde seguem as negociações para a contratação de novos obstetras. Segundo a irmã Ubaldina Souza e Silva, que administra a Casa de Saúde, não há previsão de quando os partos devem voltar a ser feitos:

– Estamos tentando ajeitar as coisas, fazendo negociações com um novo grupo, mas ainda não temos definição.

A boa notícia é que o número de partos reduziu no Husm. Segundo a doutora Kátia Trevisan, responsável pelo setor materno-infantil, no sábado, apenas seis partos foram realizados, número que nem se compara à quinta-feira, quando foram 15 nascimentos. Na manhã desta segunda-feira, só duas gestantes tiveram seus partos feitos no Husm.

– Liberamos as mães depois do parto, isso dá vazão para os atendimentos. Mas, assim como está calmo, pode subir de uma hora para outra – afirma Kátia.

Desde a última quinta-feira, a Casa de Saúde tem recebido as mães que acabaram de ganhar bebês no Husm, o que ajuda a desafogar a maternidade.

No Pronto-Atendimento do Patronato, o reflexo é na internação. Sem os atendimentos pelo SUS no Hospital Alcides Brum, pacientes permanecem internados na unidade. De acordo com a coordenadora, Cleci Maria Cardoso, são 13 leitos e, nesta segunda-feira, todos estavam ocupados:

– Não conseguimos referenciar nenhum paciente. Assim, temos que manter os pacientes aqui.

Segundo Cleci, os pacientes precisariam ser encaminhados para o Alcides Brum ou para a Casa de Saúde, mas devem permanecer no PA até o final do tratamento. 

No Pronto-Socorro do Husm, ainda há superlotação, mas o número de atendimentos têm diminuído. São 40 pacientes internados, e apenas 23 leitos disponíveis. 

– Aqui é só paciente referenciado. A falta de atendimentos no Alcides Brum ainda não nos afeta, pois já recebíamos os pacientes, o que segue sendo feito dessa maneira – afirma Rosângela Marques Machado, chefe do PS do Husm. 

O “Diário” tentou contato com a administração da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA), mas não conseguiu retorno.