Black Friday 2022: como aproveitar os descontos e não cair em armadilhas

A tradicional data para liquidações nos Estados Unidos caiu no gosto dos brasileiros e hoje faz parte do calendário do varejo, assim como o Natal, Dia das Mães, das Crianças e dos Pais. Conforme divulgado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), estima-se que neste ano, a Black Friday no Brasil deve movimentar aproximadamente R$ 4,2 bilhões — valor é 1,1% maior em comparação com a mesma data no ano passado.

Além dos descontos, aumentam também os riscos de golpes, cada vez mais bem planejados por parte dos criminosos. Veja as dicas que o Diário separou para aproveitar e fugir das armadilhas:

Pesquise em mais de uma loja

É aconselhável monitorar os preços dos produtos com antecedência, já que algumas lojas têm o costume de elevar os valores dias antes e reduzir na Black Friday, as famosas ‘promoções relâmpago’, dando a falsa sensação de economia. Nesse caso, alguns sites podem ajudar com a comparação de preços, como o Buscapé e o Zoom.

Se o consumidor decidir comprar um produto em uma loja pela primeira vez, é fundamental checar a reputação da marca em sites como o Reclame Aqui e eBit, onde consumidores reais relatam suas próprias experiências.

Cuidado com links suspeitos

Além de comprar em lugares conhecidos, com boa reputação, é importante verificar o endereço (URL) para garantir que se trata do site correto. Muitas vezes, golpistas criam endereços de sites falsos que se assemelham aos verdadeiros, mas com um símbolo ou uma letra diferente. Ultimamente, esses golpes estão ligados à obtenção de informações pessoais e financeiras arquivados em computadores e celulares. Por isso, acesse sempre o site oficial da loja e, em caso de compras feitas pelo celular, use o aplicativo.

Para checar a veracidade do endereço eletrônico, o consumidor pode acessar o site do Sintegra ou da Receita Federal, para saber se a empresa tem CNPJ e se está ativa, se tem endereço físico e possui serviços básicos como o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC). No site do Procon, o consumidor encontra uma lista de sites falsos já mapeados pelo órgão, facilitando a busca.

Ao realizar a compra a partir de um anúncio, verifique se a página tem selo de autenticação, número de seguidores compatíveis e também comentários de outros compradores. Golpistas criam perfis falsos de lojas famosas e patrocinam posts nas redes sociais para enganar o consumidor. Além disso, nunca use um computador público ou de um estranho para efetuar compras, jamais forneça informações bancárias por telefone e nunca clique em links de promoções enviadas por e-mail, SMS, redes sociais e WhatsApp.

Use o cartão virtual

Muitos bancos oferecem a opção de criar um cartão virtual, temporário e exclusivo para compras na internet, que pode ser facilmente bloqueado em caso de golpe. Com essa alternativa, caso o site tenha algum problema de segurança e os dados sejam roubados, os golpistas não conseguirão usar o cartão para novas transações.

Além disso, é importante verificar com atenção as formas de pagamento oferecidas pelo e-commerce. Os pagamentos feitos apenas por Pix e Transferência Eletrônica Disponível (TED) são padrões de golpe e fraude.

Atenção ao efetuar o pagamento

É importante conferir quem é a empresa beneficiária que aparece no boleto, no aplicativo, site do banco ou QR Code do Pix. Certifique-se que a loja escolhida é realmente quem irá receber o dinheiro. Se o nome for diferente da marca ou empresa onde a compra foi feita, não efetue o pagamento.

Use e abuse do cashback e cupons de desconto

Diversas lojas virtuais oferecem o cashback como um atrativo, onde é possível receber uma porcentagem do valor gasto em uma próxima compra ou transformá-la em saldo na conta. Outra forma de garantir que as compras saiam ainda mais baratas é fazer o uso de cupons. Muitas lojas mostram os cupons de desconto que estão ativos e podem ser usados em compras no site, mas também é possível encontrar outras opções, incluindo lojas físicas, em sites como Cuponeria, Promobit e Cuponomia.

Verifique a política de troca e devolução

Trocas e devoluções estão previstas no Código de Defesa do Consumidor (CDC), mas nem todo tipo de troca é garantido por lei. Existem casos em que a substituição é uma cortesia da loja, por isso, é importante ficar atento.

Quem comprar na Black Friday têm um período de até sete dias, após o recebimento do produto, para desistir de uma compra sem qualquer justificativa ou penalização. De acordo com o Procon, a mercadoria pode ser devolvida mesmo com a embalagem aberta.

O órgão também garante que se o consumidor desistir da compra dentro do prazo estabelecido, a empresa deve devolver o dinheiro ou estornar a cobrança — em caso de compras realizadas com cartão de crédito.

Faça uma lista, planeje-se e organize suas finanças

Em meio a inúmeros descontos, é importante avaliar aquilo que é realmente necessário para que os gastos não ultrapassem o orçamento. Uma lista para elencar os produtos prioritários é fundamental para visualizar com mais clareza o que se deseja, além de evitar compras por impulso e apertos no final do mês.

Cartilha do Idec

Para orientar e esclarecer as dúvidas dos consumidores que pretendem fazer compras no período da Black Friday, o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) elaborou uma cartilha que pode ser acessada no site do instituto.

Black Week Santa Maria já conta com mais de 200 lojas