Bei nos Bairros Especial debate demandas do Residencial Lopes e da Vila Rossi

Bei nos Bairros Especial debate demandas do Residencial Lopes e da Vila Rossi

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

A quinta edição do Bei nos Bairros Especial ocorreu nesta quarta-feira (19), na sede do Grupo Diário, com foco em duas comunidades do Bairro Pinheiro Machado de Santa Maria: Residencial Lopes e Vila Rossi. Na oportunidade, representantes destas regiões da cidade falaram sobre os principais problemas enfrentados pelos moradores e dialogaram com as autoridades sobre possíveis soluções.

As demandas da comunidade

Dentre as demandas do Residencial Lopes, estavam questões relacionadas à infraestrutura e ao transporte público. O representante, Oseias do Nascimento Mota, 44 anos, relatou os transtornos causados pela obra de instalação de esgoto sanitário da Corsan na região oeste. Ele também falou que os moradores têm muitos questionamentos sobre como ficará as vias (pavimentação e manutenção) após a finalização do serviço.

Outras demandas são direcionadas à linha interna que opera no Residencial Lopes, que registra rompimentos de canos de água e buracos na pavimentação. Além disso, os moradores apontam a necessidade de mais abrigos nas paradas de ônibus.

Ainda referente ao transporte público, Oseias lembrou dos deslocamentos das linhas que foram feitos diante da obra de duplicação da Travessia Urbana:

– Temos a questão do deslocamento das linhas, estamos aguardando o término do túnel da Rua Capitão Vasco da Cunha com a BR-287. Também temos que discutir a questão dos horários, mas não temos como fazer a discussão agora sem a linha estar com seu itinerário atualizado.

As áreas verdes do Residencial Lopes também preocupam os moradores pelo descaso com o local, que é utilizado pela comunidade para a prática de esportes e lazer. Conforme Oseias, é necessário iluminação pública, reparos e podas de vegetação.

Já a representante da Vila Rossi, Maria Catarina Matiuzzi Rodrigues, 65 anos, reforçou os problemas operacionais das linhas de ônibus Vila Rossi – Boi Morto. Segunda ela, o problema foi intensificado com a abertura do Shopping Praça Nova, já que, a partir disso, o trajeto deixou de ser feito pela Avenida Governador Walter Jobim.

Maria Catarina salientou que não houve diálogo com a comunidade sobre essa mudança, que os horários disponíveis são insuficientes e que há falta de abrigos nas paradas de ônibus.

A representante também lembrou que a comunidade aguarda a retomada da obra da Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Residencial Lopes.

As respostas do poder público

Com relação à obra da Corsan no Parque Pinheiro Machado, o secretário de Mobilidade Urbana, Orion Ponsi, reconheceu que apesar da importância da obra, o serviço causa impacto significativo para os moradores.

– Infelizmente, existe a questão viária interrompendo o fluxo de veículos, de pessoas e do transporte coletivo. Na questão de reparação dos pontos, a Corsan tem um protocolo com o município de que todas as intervenções onde existe algum tipo de modificação do asfalto ou da via serão recompostas pela própria Corsan – explicou Ponsi.

A gerente da Corsan, Andreia de Moraes Zanini, detalhou que a Corsan cumpre um programa de fiscalização e cronograma de obras de esgotamento sanitário no município. Andreia reforçou que a Corsan vai trabalhar em questões técnicas, como implantação de redes e ramais, e também na pavimentação das vias.

– Sabemos do impacto que uma obra desse porte causa no dia a dia das pessoas. Temos um prazo que leva até aproximadamente até o mês de novembro para concluir toda a obra do Parque Pinheiro Machado. Situações atípicas que vão acontecendo ao longo da obra são resolvidas imediatamente – comentou Andreia.

Sobre o pedido de mais abrigos nas paradas de ônibus, o secretário Orion Ponsi confirmou que já existe um mapeamento na Região Oeste para a instalação dessas estruturas em falta.

O gerente do Sistema Integrado Municipal (SIM), Cristiano Andretta, respondeu à questão do deslocamento das linhas devido a obra da duplicação da Travessia Urbana:

– A Região Oeste ainda carece da liberação da ponte. Esse trecho ficou sem atendimento em virtude da obra. Sabemos que esse ano essa obra ainda vai ser concluída. A questão dos horários precisamos nos adequar conforme o andamento da obra, mas hoje, os horários que conseguimos cumprir são aqueles que temos.

Sobre a demanda da recuperação das áreas verdes do Residencial Lopes, o chefe de Gabinete do Prefeito, Alexandre Lima, afirmou que, atualmente, não há recursos no momento, tanto orçamentária quanto por emendas, para resolver essa demanda.

Na educação, Lima apontou que uma resposta concreta para a Região Oeste é o contrato firmado para a retomada da obra de construção da Escola Municipal de Ensino Infantil (EMEI) Residencial Lopes. Na última semana, o prefeito Jorge Pozzobom assinou o documento e, agora, falta a empresa contratada, MRU Construções Ltda, assinar o contrato. A obra faz parte do programa do governo federal ProInfância e terá investimento de R$ 4,6 milhões.

Avaliação

Os representantes do Residencial Lopes e da Vila Rossi avaliaram como positiva essa edição do Bei nos Bairros Especial.

– O diálogo é o primeiro material de uma sociedade, uma cidade e um desenvolvimento melhor. Nós somos seres sociais e temos que reestabelecer esse contato. Sinto muito que não tem vindo muitas lideranças da região de Camobi. Penso que devemos integrar e trabalhar de forma uniforme. Acho que as respostas foram positivas, o clamor da população está sendo ouvido – avaliou Oseias do Nascimento Mota.

Já Maria Catarina Matiuzzi Rodrigues ficou contente com a retomada da obra na EMEI Residencial Lopes:

– Temos uma luta muito grande e muitas demandas de difícil execução devido a todos os entraves que temos desde a fundação da Vila Rossi. Estou feliz daqui hoje porque tivemos essa notícia que a creche vai ser construída. Isso é muito bom para os moradores, é imensurável o quanto isso vai trazer benefícios para a comunidade. Saímos daqui motivados para continuar nossa luta quando temos respostas assim.

O chefe de Gabinete do Prefeito, Alexandre Lima, afirmou que os líderes comunitários têm papel fundamental para o poder público e que o Bei nos Bairros é um facilitador da comunicação entre a comunidade e a prefeitura:

– Não vamos conseguir resolver todos os problemas, mas os representantes têm esse papel de ouvir e encurtar esse caminho entre nós por meio do programa Bei nos Bairros, elencando as prioridades para podermos solucionar. A partir disso, podemos apresentar soluções e construir elas em conjunto.

Bei nos Bairros Especial

O programa Bei nos Bairros Especial tem como objetivo oferecer espaço para comunidades de Santa Maria apresentarem demandas e receberem um retorno imediato das autoridades competentes. Em edições anteriores, o Bei nos Bairros Especial abordou as reivindicações dos bairros Nova Santa Marta, Km 3 (Loteamento Estação dos Ventos), Noal e Loteamento Brenner.

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