Badke, Decimo, Cida e Binotto. E o União Brasil começa a ficar relevante

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O vereador Manoel Badke já garantiu: não concorre mais à Câmara. Isso não significa aposentadoria política, muito menos eleitoral. O veterano militante apenas expõe uma vontade: não quer mais ser vereador.

Obviamente, e isso ficou claro em papo superficial com o colunista, tempos atrás, em meio a um Sala de Debate (na Rádio CDN/TV Diário) do qual ele era participante, deixa escancarada a possibilidade de concorrer a outro cargo – sem falar que deve ser o presidente do parlamento municipal no próximo ano.

De todo modo, Badke, como se sabe, aparentemente não está mais em crise de identidade partidária. Nascido e criado no falecido PFL, viu morrer sua outra sigla, o DEM, e acabou confinado, e não conseguiu sair, à época, no União Brasil (UB) – cria do casamento dos demistas com o PSL, outro agora falecido.

Até não faz muitos dias, dizia, para quem quisesse ouvir, que iria para o Partido Liberal (PL) – cujos candidatos apoiou em outubro passado -, no máximo até março do próximo ano. Então se terá o mês da traição, aquele que, meio ano antes de um pleito, permite a troca de sigla sem perda de mandato.

Isso, porém, é o que apontam os passos mais recentes da agremiação, ficou muito mais distante. Não obstante a óbvia identidade ideológica entre as siglas, pelo menos em Santa Maria, e a convicção quase geral que estarão do mesmo lado em 2024, as indicações são de que Badke acabará mesmo é decidindo seguir no UB. A confraternização da foto que ilustra esta nota – em que o edil está com o presidente dos “ubistas” na comuna, Jair Binotto – é um dos sinais enviados à comunidade política.

Mais que isso: tem-se como certo que o vice-prefeito, ele próprio também no União Brasil, Rodrigo Decimo, será o nome do governo para disputar a Prefeitura dentro de quase 17 meses, e tendo outro quadro relevante, a ex-edil Cida Brizola, de repente, Badke e os demais começaram a se sentir bem mais confortáveis.

Resumo da ópera: de repente o União Brasil começou a se tornar, para além dos seus mais de 1,5 mil filiados na cidade, bastante interessante como agremiação significativa. Estará entre os protagonistas do pleito majoritário, com Decimo, e, quem sabe, conseguirá atrair até nominata competitiva para disputar as vagas no Legislativo.

Pooois é. E dizer que Manoel Badke não cansava de dizer, ainda que não com essas palavras necessariamente, de sua disposição de assumir o PL. Agora, ao que tudo indica, será aliado dos liberais (que têm, entre outras figuras relevantes, o secretário Marco Antonio Mascarenhas e o empresário e ex-secretário Ewerton Falk) e até pensará igual. Só que em (não bem) nova casa, o União Brasil.

MDB daqui e da região todo pimpão. E tem lá suas razões

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Roberto Fantinel (na foto que ilustra esta nota) reelegeu-se, com folga, deputado estadual. Virou secretário de Assistência Social do governo de Eduardo Leite, do PSDB, e Gabriel Souza, do MDB. Isso é o que as urnas eletrônicas disseram em outubro passado. O efeito disso tudo? Mais até que os tucanos (com o prefeito Jorge Pozzobom como principal nome local e regional), são os emedebistas, via Fantinel, que se mostram influentes no Palácio Piratini e suas cercanias.

Um reflexo objetivo dessa situação pode ser percebido na discussão sobre os ocupantes de cargos de confiança (ou funções gratificadas) em Santa Maria e região. Há uma chance bastante razoável de sobrarem poucas funções para outros partidos aliados. Pelo menos nos principais postos em disputa.

Para começar, o MDB santa-mariense confirmou Gustavo Saldanha como adjunto de Fantinel, na secretaria. Professor da Unipampa, lotado em Livramento, mas que atuava em Brasília, seria empossado nesta sexta-feira. Além dele, afora a manutenção dos cargos que já detinha no mandato anterior dos tucanos, o MDB local e regional está todo pimpão, pois tende a emplacar um punhado de militantes em funções importantes.

Só em Santa Maria, imagina-se que sejam mantidos todos os cargos já ocupados na 8ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), inclusive o coordenador José Luis Viera Eggres. O mesmo deve acontecer com os CCs alojados no Sine e no sistema Fase/Case. E há a expectativa de nomeação de um nome como adjunto de Eggres, na CRE.

Das proximidades de Santa Maria, estão indicados, e podem também assumir funções relevantes, o itaarense Paulo Roberto Machado e Souza, e a dilermandense Helidiane Schossler de Brittes, apontada para a Coordenadoria Regional de Obras.

Ah, para fechar, ainda há um santa-mariense em posição de bastante influência. No caso, o militante Michael de Giacomo, que atua no gabinete do Vice-Governador Gabriel Souza. Quer dizer: infeliz o emedebismo não pode estar. Né?

A incrível família Leão e seus três presidentes da Câmara de São Sepé

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Uma interessante dinastia política se estabelece em São Sepé. E que, claro, torna peculiar a família Leão. Desde o início deste ano, o prefeito da Câmara de Vereadores é o jovem Matheus Leão, um político de 35 anos e que concorreu, em outubro passado, a deputado estadual pelo PDT – do prefeito João Luiz Vargas, o mesmo que aparece na foto da posse do político, que está à direita, na imagem.

Para além do futuro – que poderá ou não ser promissor – o fato é que a família tem um vistoso passado legislativo. Afinal, o parlamento sepeense, com Matheus, vê a comandá-lo a terceira geração de uma mesma família.

O primeiro a presidir a Casa foi João Galvão, avô de Matheus, em 1968. 13 anos após, em 1981, quem dirigiu o legislativo de São Sepé foi o pai, Paulo Leão. De inhapa, a família política tem mais gente na história. O atual comandante do parlamento é filho da ex-vereadora Tânia Leão e sobrinho do ex-vice-prefeito de São Sepé, Zezinho Leão.

Até onde irá Matheus? Não se sabe. Mas o passado já é glorioso, como atestavam os pais ex-vereadores Paulo e Tânia, na posse do rebento, em 3 de janeiro.

Luneta

REPUBLICANOS

Se lhe for perguntado, muito provavelmente Alexandre Pinzon Vargas dirá que o nome dele segue em discussão para a probabilidade de seu partido, Republicanos, apresentar-se com candidato ao Centro Administrativo (o que não exclui possível composição como vice). Objetivamente, no entanto, o mais provável é que o vereador, e seu colega Getúlio de Vargas, concorra mesmo é a um novo mandato na Câmara.

CONTRA A FOME

Valdeci Oliveira encerra, dia 31, além do mandato (renovado) de deputado estadual, também o período de um ano em que presidiu o parlamento estadual. Sua presença à frente do Legislativo gaúcho será marcada pelo diálogo entre os contrários mas, sobretudo, pela Campanha contra a Fome, fomentada e lançada pela Assembleia, e que conquistou a adesão de significativos segmentos da sociedade gaúcha.

DESAFIO

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No âmbito da Esquerda, sobretudo na Federação Brasil da Esperança, que reúne PT, PC do B e PV), há a convicção de que o nome a ser apresentado para a Prefeitura é mesmo o de Valdeci Oliveira (foto). No entanto, subjaz nas discussões uma certeza: o grande e fundamental desafio, para consolidar as pretensões eleitorais desse grupo ideológico, é ampliar a aliança, no rumo do Centro político santa-mariense.

ESTRATÉGIA

Nas manhãs das segundas-feiras, grupo restrito (não é diferente, noutras organizações) se reúne no gabinete de Jorge Pozzobom. É o time que trata da estratégia do governo, além de definir prioridades. Compõem essa linha de frente, afora o próprio prefeito, o vice Rodrigo Decimo, o Chefe de Gabinete Alexandre Lima, o Procurador Jurídico Guilherme Cortez e o Secretário de Comunicação Ramiro Guimarães.

PARA FECHAR!

Que ninguém duvide: Jader Maretoli pode estar na urna eletrônica de 2024, a exemplo do que ocorreu nos últimos pleitos. Não se sabe ainda concorrendo a que cargo e por qual partido. Afinal, o seu mais recente, o PSC, foi absorvido pelo Podemos e manteve só o número 20. Ah, em outubro passado, Jader concorreu a deputado federal e fez 6.824 votos, dos quais 4.281 foram obtidos em Santa Maria.