Para boa parte dos moradores e comerciantes estabelecidos às margens da BR-287, entre o trevo da Uglione e a Ulbra, o clima ainda é de incerteza com relação à obras da Travessia Urbana, que prevê a duplicação de 14,5 quilômetros da 287 e da BR-158 entre o Trevo do Castelinho e o Arroio Taquara.
A estimativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) é que de 120 a 130 imóveis sejam afetados pelos trabalhos. No entanto, nem todos serão indenizados uma vez que o Daer já havia pago algumas indenizações nos anos 1970.
Apesar de a empresa Skill Engenharia já ter iniciado as visitas para fazer entrevistas e medições dos terrenos atingidos pela duplicação, muita gente ainda não foi contatada. É o caso de Marano Souza, sócio da Marano Automóveis, que está ansioso para saber o tamanho da área de sua revenda que será impactada pela duplicação. Marano já tem um terreno na Avenida Walter Jobim, para onde vai transferir a empresa, mas está preocupado com a demora por uma definição e com a falta de informações.
Perto dali, os irmãos Carlos, 51 anos, e André Fracari, 46, têm um bar e um salão de beleza às margens da 287. Eles esperam ser indenizados e pretendem construir prédios novos mais ao fundo do terreno.
Na década de 70, meu pai doou seis metros do terreno para asfaltar a estrada, mas não aceitou indenização pelo resto do terreno, pois o valor era muito baixo. Agora, estamos no aguardo e esperamos que paguem um valor justo disse Carlos.
O Dnit diz que a Skill está fazendo todo o levantamento social, com o cadastramento dos moradores e medições, e vai montar os processos individuais, que serão remetidos à Justiça. Só então será possível saber quem terá direito a indenização ou não. Esse trabalho deve ser concluído até o final de 2016.
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