Argentina que teve o corpo queimado pelo namorado deve ser levada de avião para o país de origem

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) autorizou o pouso de um jato que viria da Argentina para o Aeroporto Municipal de Santa Maria, na tarde desta sexta-feira, para transportar uma paciente ao país vizinho. A operação seria para o deslocamento da argentina que teve 56% do corpo queimado pelo namorado em Santa Maria, na madrugada do dia 23 deste mês.

A jovem, de 20 anos, está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm) em estado grave. A empresa que faria a remoção presta serviços como o transporte de enfermos em voos internacionais. A companhia usaria uma LJ35, areonave executiva bimotor de médio porte, e viria do Aeroporto de São Fernando, na cidade homônima, na Argentina. O destino seria o aeroporto em Santa Fé, a cidade da vítima, no mesmo país.  

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Conforme o gerente de segurança operacional do Aeroporto de Santa Maria, Aleques Machado Martins, o voo acabou sendo transferido para domingo, por conta do quadro clínico da jovem. Ainda não há horário definido para o pouso. Participaram da negociação para viabilizar a logística a Polícia Federal, a Receita Federal e a Prefeitura de Santa Maria.

O suspeito de ter ateado fogo na jovem, o argentino Angel Gabriel Rolon, 30 anos, foi preso preventivamente na tarde de quarta-feira, em Candelária, na Região do Vale do Rio Pardo. De lá, foi trazido pela Polícia Civil a Santa Maria, onde deve responder por tentativa de feminicídio. Ele está preso na Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).

A investigação está a cargo da equipe da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (Deam) de Santa Maria. Em depoimento, Rolon afirmou que só iria se manifestar em juízo. De acordo com a delegada titular da Deam, Débora Dias, a jovem já passou por exame pericial e, se for transferida para terminar o tratamento na Argentina, deve ser ouvida por um juiz do país. O depoimento será encaminhado à Deam para ser anexado ao inquérito.

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O CASO 
O crime aconteceu na esquina das avenidas Nossa Senhora da Medianeira com a Fernando Ferrari pouco antes das 4h. Ela e o companheiro, que trabalhavam com malabares e pirotecnia, teriam discutido e, durante a briga, o homem jogou querosene e ateado fogo na jovem. Ela sofreu queimaduras de primeiro e segundo grau.