Tem Conserto?

Acúmulo de lixo e descarte inapropriado de materiais é recorrente em quatro bairros de Santa Maria

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Móveis, sacolas fora do contêiner e animais mortos em calçadas e terrenos abandonados. Estas são algumas das situações enfrentadas por moradores de quatro bairros de Santa Maria, que manifestaram o problema por meio do formulário do Tem Conserto? Colaborativo.

Desde o dia 20 de janeiro, o Diário recebeu reclamações sobre o problema do acúmulo de lixo e descarte indevido de materiais em diferentes pontos da cidade. Na Rua Goiania, esquina com a Ana Neri, no bairro Patronato, há um contêiner para recolhimento do lixo que, segundo os moradores, não dá conta da quantidade de material descartado.

O aposentado Juarez Quinto, que mora na esquina das ruas há pelo menos seis anos, relata que desde que se mudou para o local, a situação é a mesma. O morador ressalta que o caminhão do lixo retira um pouco dos materiais, mas que existem objetos que não são recolhidos:

— Costumamos encontrar sofás, colchões e pedações de móveis, como roupeiros, atirados na calçada. Quando o material começa a se deteriorar, os pedaços são levados até as bocas de lobo e as tubulações acabam ficando entupidas, o que gera um novo problema: o alagamento da rua — conta o aposentado.


O descarte de móveis também é recorrente no Centro de Santa Maria. Na Rua Henrique Dias, próximo ao Parque Itaimbé, um dos moradores reclama que há apenas uma lixeira em toda a rua, e parte do lixo doméstico fica para fora, nos arredores do contêiner. Segundo Felipe Medeiros Rodrigues, que mora no local desde outubro do ano passado, até uma cama foi encontrada na calçada:

— Constantemente, ao sair para trabalhar, vejo o lixo para fora. Já vi micro-ondas, fogão e até uma cama na calçada, atrapalhando o trânsito dos pedestres e dificultando a limpeza do lugar — comenta Rodrigues.

Na Avenida Assis Brasil, no bairro Itararé, são dois casos em que os moradores já protocolaram a reclamação na Secretaria de Meio Ambiente. Gilberto da Silva Marques afirma que até animais mortos já foram encontrados em um terreno ao lado de sua residência. Como não há contêiner na rua, os moradores depositam todos os tipos de lixo no terreno baldio.

— Uma vez tive que entrar no terreno e tirar um cachorro morto que haviam jogado lá. Já fiz protocolos na secretaria, mas parece que ninguém se preocupa com a situação — relata o motorista.

O professor Sérgio Renato de Ávila diz que o mesmo problema também é recorrente em outro terreno abandonado, onde, de acordo com ele, vizinhos fazem o descarte irregular do lixo. Segundo o professor, a situação já perdura por quase um ano, e a Secretaria de Meio Ambiente já havia começado a limpeza, mas por conta das chuvas, o serviço não foi retomado.

— Não sabemos de quem é o terreno, e as pessoas colocam de tudo lá. Sofá, máquina de lavar roupa e lixo comum. Tem muitos ratos e é um local bem propício à proliferação do mosquito da dengue, pois a água fica acumulada e não tem para onde escorrer — alerta o morador.

Descarte específico para cada lixo

O secretário de Meio Amb"

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