por pouco

'Quando eu vi o carro vindo, pensei: ele não vai parar' diz pedestre que escapou de acidente na Vale com a Floriano

Dandara Flores Aranguiz

Foto: Pedro Piegas (Diário)/

Foram só alguns centímetros que separaram a cuidadora de idosos Margarida Müller, 52 anos, de ter sido atingida por um dos veículos que se envolveu em um acidente na manhã deste domingo no Centro de Santa Maria. Pouco depois do ocorrido, imagens de câmeras de segurança já circulavam pela internet e em grupos de aplicativos de mensagens da cidade.

Após briga, empresária é encontrada morta dentro de loja em Júlio de Castilhos

Apesar do susto, a pedestre teve ferimentos leves e já está em casa se recuperando. Em entrevista ao Diário, Margarida conta que estava saindo do trabalho, por volta das 8h, e seguia em direção à Avenida Rio Branco, onde costuma pegar o ônibus para sua casa, no Bairro Prado.

Colégio Militar de Santa Maria reforça segurança após mensagem de aluno na internet

- Eu sempre passo por ali, tanto para ir, quanto para voltar. Eu ia atravessar, mas aí vinha vindo um carro antes do preto, pela Floriano. Fiquei esperando porque achei que ele fosse ir reto, mas ele dobrou. Até xinguei, porque ele não deu sinal de pisca, se não eu tinha atravessado e não tinha acontecido nada. Passa muita coisa na cabeça da gente - comentou.

Ao ver que o carro que trafegava pela Vale Machado vinha em alta velocidade, Margarida resolveu esperar para atravessar a rua.

- O carro preto não vinha rápido, devia estar a uns 40km/h, mas vinha descendo outro pela Vale. Esse sim, vinha em alta velocidade. Quando olhei, pensei: esse cara não vai parar, vai acontecer um acidente. E eu fiquei parada, pensei em nem me mexer, primeiro vou ver o que vai acontecer e para que lado os carros vão para eu poder correr. Se eu tivesse corrido para um lado, o preto me pegava. Se eu corresse para outro, o branco me pegava. Fiquei esperando o que ia acontecer - relatou.

Por pouco o veículo que descia pela rua Floriano Peixoto não atropelou Margarida, que foi atingida pela traseira do Gol depois que ele subiu na calçada e, com a força do impacto, recuou em direção a ela.

- Foi quando ele bateu na minha perna direita, ficou dolorido, mas agora estou bem. Na hora eu pensei que ia morrer. Depois do acidente fiquei nervosa, chorava e gritava por socorro, tremia muito, não conseguia nem parar em pé de tão nervosa. Se algum condutor veio falar comigo, não vi. Os vizinhos que me socorreram, me deram água, tentaram me acalmar - revela.

De acordo com moradores vizinhos da esquina, o local é cenário de vários acidentes. Por causa da má fama, a cuidadora de idosos conta que sempre mantém o cuidado redobrado ao passar pelo local.

- Aquela esquina é campeã de acidentes. Há uns dois meses atrás um carro entrou no salão de beleza da esquina. Sempre tomo cuidado ao atravessar. Infelizmente, hoje em dia se a gente não se cuida, ninguém cuida da gente. Quem tá de carro não respeita os pedestres. Eu prefiro mil vezes esperar o carro passar para depois atravessar, os motoristas não têm respeito por ninguém - desabafa. 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

'O restaurante popular é prioridade absoluta', garante prefeito Anterior

'O restaurante popular é prioridade absoluta', garante prefeito

Mais de 20 mil pessoas passaram pela Praça Saturnino de Brito durante festa de volta às aulas Próximo

Mais de 20 mil pessoas passaram pela Praça Saturnino de Brito durante festa de volta às aulas

Geral