Com a chuva histórica registrada no Rio Grande do Sul, o questionamento “De onde veio e para onde vai toda essa água?” vem à tona. Para solucionar a pergunta, o Comitê pelo Meio Ambiente organizou um evento com especialistas da área para tratar sobre o tema. No dia do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, alternativas diante da crise climática enfrentada pelos gaúchos formaram o centro do debate.
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O evento ocorreu no auditório do Grupo Diário, na noite desta quarta-feira (5). A coordenadora do Grupo de Trabalho de educação ambiental do Comitê pelo Meio Ambiente, Thais Konflanz, conta que a iniciativa buscou levar conhecimento sobre a hidrografia do Estado e compartilhar a experiência de quem atua na linha de frente:
– Essa é uma ação para fomentar a discussão e trazer à tona esse enredo que permeia nossa vida e nos afeta. A gente, enquanto professor, tende a trabalhar a teoria e depois a prática. Mas isso se inverteu porque tivemos que sentir na prática, a nossa ação em relação ao meio ambiente. Trabalhar, neste momento, as questões ambientais, é uma forma de trazer esse conhecimento de uma forma que sensibiliza.
Palestras
Para ilustrar o caminho das águas no Rio Grande do Sul, o engenheiro florestal e extensionista rural da Emater Marciano Loureiro Filho falou sobre as microbacias hidrográficas de Santa Maria e para onde vão. Conforme o palestrante, o conhecimento sobre os cursos d’água é fundamental, ainda mais em momentos em que tragédias climáticas se fazem tão presentes no cotidiano dos gaúchos:
– É importante saber onde nascem os nossos cursos d'água e para onde eles vão. E assim, percebermos que o nascedouro dos problemas que nós enfrentamos hoje em termos de enchentes reside justamente em não observarmos atentamente os cursos d'água.
Na sequência, a engenheira ambiental e especialista em sustentabilidade e políticas públicas Letícia Viana Osório compartilhou um relato sobre o trabalho de voluntários atingidos pelas enchentes. A ideia é que experiências como a dela possam ajudar a pensar outras alternativas de ação em prol do meio ambiente.
– Eu atuei por 22 dias no voluntariado. Isso mostra que a sociedade civil se organizou e está organizada para ajudar, principalmente durante esse evento que são as enchentes que ainda está muito forte e prejudica muitas cidades – afirma Letícia.
Quem também agregou no evento foi o engenheiro florestal da Secretaria do Meio Ambiente de Santa Maria Gerson Vargas Peixoto a partir de percepções a respeito do que foi feito em Santa Maria durante as enchentes. A partir delas, palestrantes e ouvintes puderam pensar em alternativas futuras.
– Trouxe relatos que trazem uma percepção um pouco diferenciada do que podemos fazer para tornar a cidade um pouco mais resiliente. Eu penso que a questão ambiental está vinculada a todas as atividades da nossa vida. Para isso, é preciso entender o território, suas limitações e a partir disso, desenvolver o meio ambiente da melhor forma possível.
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