“A nossa população está passando por uma das maiores crises sanitárias e financeiras do último período histórico” afirma Fabiana Sanguiné, candidata ao Senado, em entrevista a CDN

Vitória Parise

“A nossa população está passando por uma das maiores crises sanitárias e financeiras do último período histórico” afirma Fabiana Sanguiné, candidata ao Senado, em entrevista a CDN
A série de entrevistas com candidatos ao Senado pelo Rio Grande do Sul segue nesta terça-feira (6), com a participação da candidata Fabiana Sanguiné, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU). Durante a sabatina, para o programa CDN Entrevista, da Rádio CDN, Fabiana abordou temas como desemprego, economia, reforma trabalhista e investimento público.

Ao ser questionada sobre as propostas para Santa Maria e Região Central, a candidata falou sobre a importância de investir nas universidades públicas.

– Há muito tempo a nossa população luta para ter uma educação pública de qualidade, que os filhos dos trabalhadores tenham condições de disputar no mercado de trabalho, que tenham condição de acesso a uma universidade pública. E agora, a gente vê uma universidade completamente sucateada, desmontada, tercerizada. Esse é um projeto que é para a educação, é para todas as áreas de serviços especiais. (…) A reforma trabalhista aproxima ainda mais a questão da terceirização, daqui a pouco no Congresso Nacional, eles já queriam ter passado a cobrança do SUS e educação pública nas universidades. O que a nossa população vai fazer? É importante que os trabalhadores se deem conta e se apropriem dessa discussão, e a gente vem apresentando esses projetos.

Ela afirma que irá bater de frente contra a terceirização na educação, saúde, água, e órgãos públicos como Corsan e Banrisul.

– O governo Leite não teve vergonha nenhuma de entregar R$ 30 bilhões de recursos públicos em isenções ficais para algumas empresas. (…) Esses recursos deveriam ser aplicados em saúde pública, em condições sanitárias para a população. Esses recursos foram direcionados para alguns multibilionários, momento em que a nossa população está passando por uma das maiores crises sanitárias e financeiras do último período histórico, é uma vergonha.

Caso eleita, ela reforça que trabalhará com foco em auxiliar o trabalhador:

Eu aceitei essa tarefa e esse lugar com muito orgulho por que é uma necessidade que a gente tem com os trabalhadores do país inteiro, e o nosso Estado em especial. A gente não foge da realidade que tá colocada no país. Uma realidade de desemprego, fome, miséria. (…) A nossa candidatura vem na denúncia do que está colocado, no papel do Estado, no papel do governo, do sistema que a gente vive, com a exploração dos trabalhadores. A gente tem propostas para começar, de imediato, a revogação total dessas reformas. A reforma trabalhista, reforma da previdência, cortes de gastos, e uma série de medidas nos últimos períodos jogaram a classe trabalhadora na miséria, pobreza e informalidade. A nossa candidatura vem com essa proposta de resolver as necessidades da classe trabalhadora.

Ao ser questionada sobre a dificuldade de modificar essas questões no Congresso Nacional, ela explica:

O Congresso não tem o menor interesse, por que ele representa os interesses do setor financeiro que recebe 50% do PIB do Brasil. Mais da metade da riqueza que nós trabalhadores produzimos, o Congresso Nacional repassa para o setor financeiro, enquanto a gente morre de fome na fila do osso. (…) E é por isso que nós estamos na disputa eleitoral (…) o que tá colocado no Brasil não corresponde aos interesses da maior parte da população. (…) Mas a riqueza desse país, além da exploração que fazem sobre nós, a riqueza dos recursos públicos, são transferidas para alguns poucos bilionários. E é por isso que precisamos dar um voto de confiança, de apoio, uma alternativa que resolva as necessidades do nosso povo, nossa população, dos trabalhadores desse país. Todos os recursos que nós produzimos no Brasil – que é o 10º país no ranking das maiores economias do mundo, estão sendo direcionadas para poucos bilionários.

Sobre a participação de mulheres nos espaços políticos, ela reforça a necessidade de representatividade feminina, principalmente, a classe de mulheres trabalhadoras. O combate ao feminicídio também foi pautado pela candidata.

– O meu papel será de ser amplificadora das lutas das mulheres trabalhadoras, como se trata do feminicídio. (…) Quem perde metade da mão de obra de trabalho que é a força feminina, é o conjunto da nossa classe. Quando se paga um salário menor por ser mulher, ou ainda, paga um salário menor por ser mulher e negra, é o conjunto todo que é atacado.

Quem é Fabiana Sanguiné

Fabiana Sanguiné, 45 anos, é natural de Porto Alegre, e é profissional da saúde na rede pública da capital do Estado. Ela foi dirigente do Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (SIMPA), da Associação dos Servidores da Saúde (ASSMS) e conselheira do CORES/SAÚDE (Conselho de Representantes Sindicais). Fabiana é graduada em Licenciatura em História e é a primeira vez que ela se lança para concorrer a um cargo público.

Série de entrevistas

A CDN deu início na terça-feira, 23 de agosto a uma série de entrevistas com os nove candidatos ao Senado. Durante o programa CDN Entrevista, os postulantes para a única vaga são sabatinados sobre as propostas para Santa Maria e região e terão a oportunidade de se apresentar à comunidade. Os candidatos estão sendo convidados em ordem alfebética.

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Candidatos

Airto Ferronato (PSB) – terça, 23 de agosto, às 14h20minAna Amélia Lemos (PSD) – quinta, 25 de agosto, às 14h20minComandante Nádia (Progressistas) – terça, 30 de agosto, às 14h20minFabiana Sanguiné (PSTU) – terça, 6 de setembro, às 15h20minHamilton Mourão (Republicanos) – quinta, 8 de setembro – 15h20minMaristela Zanotto (PSC) – segunda, 12 de setembro – 14h20minOlívio Dutra (PT) – terça, 13 de setembro – 14h20minPaulo Roberto da Rosa (DC) – terça, 20 de setembro – 14h20minRonaldo Teixeira (Avante) – quinta, 15 de setembro – 14h20min

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