Disciplina de Ética e Felicidade deve ser ofertada de novo na UFSM

Foto: Gilson Alves (Diário)

A felicidade acabou. Calma, pois a referência vale para a disciplina ética e felicidade, ministrada pelo professor Dejalma Cremonese, do departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Na última segunda-feira, no prédio 74 A, sala 2343 do campus sede, em Camobi, cerca de 60 alunos participaram da aula de encerramento da cadeira que chamou bastante a atenção pelo nome e conteúdo desenvolvidos.

Nos encontros semanais, estiveram presentes alunos de diversos cursos, como Terapia Ocupacional, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Pedagogia, Fisioterapia, Medicina, Filosofia, Administração, Economia, entre outros.

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- As aulas de ética e felicidade foram bastante positivas. A partir da divulgação pelos meios de comunicação, tivemos mais de 60 alunos matriculados, de mais de 20 áreas de conhecimento da UFSM. Nossa ideia principal foi trazer um debate sobre a questão existencial, questão humana, tentando desconstruir o modelo de felicidade capitalista, que diz que, para você ser feliz, tem que comprar, aparecer nas redes sociais, viajar. Descobrimos aqui que a felicidade é um autoconhecimento, é muito subjetiva e cada um traz dentro de si algo que lhe faz bem - afirma Cremonese.

Segundo o professor, no próximo semestre, novamente a Disciplina Complementar de Graduação (DCG), ética e felicidade, será ofertada. Ao longo do semestre, foi estudado o conceito de felicidade por meio de inúmeros autores, baseado em lições de filosofia. Além da Universidade de Brasília (UnB), ainda conforme o professor Dejalma Cremonese, uma instituição do Piauí deve colocar a disciplina na grade curricular a partir do ano que vem.

OPINIÃO DOS ALUNOS
A aluna Jana Rossato Gonçalves, graduada em Relações Públicas e doutoranda em extensão rural, estuda sobre suicídio e na cadeira ética e felicidade pode elucidar vários pontos que fazem parte de suas rotinas.

- Foi bem interessante fazer uma leitura e percorrer os períodos históricos através de filósofos e pensadores que falam a respeito de felicidade. Eu trabalho com suicídio na minha tese, e foi por isso que vim fazer essa disciplina. O suicídio é, por vezes, o ápice da tristeza, então torna-se importante saber o olhar sobre a felicidade. Felicidade e tristeza são sentimentos presentes em nossa vida e precisamos estudá-los - revela Jana.

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O estudante Wallace Lobato, mestrando em Economia, destaca o quanto os estudos dos conceitos sobre felicidade foram capazes de abranger áreas diferentes.

- A disciplina foi importante para dar uma visão para os mais diversos cursos, de como você pode abordar o tema felicidade não só na perspectiva econômica, mas também na rural, e em outras áreas, e como isso pode adentrar em nossas profissões - opina.