de 3 metros

Pesquisadores descobrem nova espécie de dinossauro na região

Da redação

Imagens: divulgação

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade de São Paulo (USP) descobriram uma nova espécie de dinossauro após escavações na cidade de Agudo, região central do Rio Grande do Sul. A descoberta foi publicada na terça-feira no Biology Letter, periódio britânico, e pode ser o dinossauro mais antigo da espécie de pescoço longo porque, as rochas de onde os esqueletos foram escavados têm cerca de 225 milhões de anos. 

O animal recebeu o nome de Macrocollum itaquii e foi descobrto a partir de três esqueletos fossilizados. O material estava bem preservado e, pela primeira vez no Brasil, foram encontrados esqueletos completos de dinossauros. Os esqueletos têm cerca de 3,5 metros de comprimento e o pescoço bastante longo. De acordo com os pesquisadores, essa é uma das principais características do grupo de dinossauros que inclui os saurópodes, como Brachiosaurus e Apatosaurus.  

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A data em que o pescoçudo viveu também é importante para os estudiosos da área porque são ratos esqueletos desta época. Exitem registros de fósseis mais antigos ou mais recentes que a nova espécie. Assim, o Macrocollum itaquii ajuda a entender como eram os dinossauros que antecederam esse momento e também quais características podem ter levado ao grande sucesso posterior do grupo. 

ESPÉCIE VIVEU NA ERA MESOZOICA
A dentição do novo dinossauro indica que ele se alimentava de plantas. Deste modo, o pescoço longo pode ter permitido que os animais dessa espécie alcançassem a vegetação mais alta, a qual outros animais da mesma época não eram capazes de alcançar. Essa habilidade provavelmente foi uma das principais responsáveis pelo sucesso do grupo dos sauropodomorfos - do qual o Macrocollum itaquii faz parte - durante a Era Mesozoica.  

Por meio do estudo da anatomia dos esqueletos também foi possível traçar como foi a evolução de determinadas características nos sauropodomorfos.

Ao utilizar como bases fósseis de outros animais desse grupo no Rio Grande do Sul, mas de diferentes idades, os pesquisadores concluíram que durante um intervalo de oito milhões de anos, a dieta herbívora foi aprimorada neste grupo. Os pescoçudos cresceram significativamente e o pescoço tornou-se proporcionalmente duas vezes mais longo.

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Outra novidade revelada pelos esqueletos excepcionalmente bem preservados é que esses animais possivelmente andavam em grupos, um comportamento chamado de gregarismo. Essa também é a mais antiga evidência desse tipo de hábito em sauropodomorfos.

ORIGEM DO NOME
O nome Macrocollum significa pescoço longo, em referência a principal característica do animal. Já "itaquii" faz homenagem a José Jerundino Machado Itaqui, que foi um dos principais responsáveis pela criação do Centro de Apoio a Pesquisa Paleontológica da Quarta Colônia (Cappa), onde os fósseis do dinossauro estão depositados. 

ACHADO EM 2013
Os esqueletos foram coletados no início de 2013 e passaram por um cuidadoso trabalho de preparação durante os últimos anos, com o objetivo de extraí-los da rocha em que seus restos foram preservados. Os pesquisadores responsáveis pelo estudo são o paleontólogo Rodrigo Temp Müller, do Centro de Apoio a Pesquisa Paleontológica da UFSM, o professor Max Cardoso Langer, da Universidade de São Paulo, e o professor Sérgio Dias da Silva, da UFSM.

Os fósseis da nova espécie ficarão depositados no Cappa, em São João do Polêsine, onde poderão ser visitados, tanto por pesquisadores como por quaisquer pessoas interessadas que queiram conhecê-los.

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