VÍDEO: a equipe precisou se adaptar para fugir do coronavírus em empresa de energia

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Quando se fala da necessidade de fomentar a economia local para que todos, principalmente, pequenas empresas e prestadores de serviços, possam atravessar o difícil cenário provocado pela pandemia do coronavírus, a empresa Lumenk Energia Solar, de Santa Maria, é uma das grandes defensoras dessa ideia. A preferência por aquisição de produtos de fornecedores locais para execução dos projetos, pela compra de produtos e insumos da rotina diária da empresa e até as refeições dos colaboradores é por empresas de Santa Maria.

- Sou muito bairrista e defendo que o fomento dos negócios deve surgir de empresas locais. Todos os produtos que a gente consome aqui são do bairro ou da cidade. Há poucos dias mesmo, precisamos adquirir algumas cadeiras para nossa nova sede e dei prioridade por negociar com uma empresa daqui, mesmo sabendo que é possível encontrar na internet com um preço um pouco menor. Além disso, ainda fizemos outros investimentos que movimentaram a economia local, como a aquisição de veículos para a frota da empresa - afirma o sócio-proprietário Marcus Vinícius Wagner Pinto, destacando ainda que a empresa é parceira de iniciativas que fazem distribuição de álcool gel e máscaras para pequenas empresas de Camobi.

LIÇÃO
O ditado "compre do vizinho" também vale para a vida pessoal dos colaboradores, como conta o supervisor financeiro Albeneir Lopes, 33 anos.

- Minha família e eu compramos nas redondezas do bairro pela comodidade e também para incentivar os comerciantes. A gente sabe que é um momento de cooperação e todo mundo precisa se ajudar, em todos os sentidos - revela Albeneir.

SEGURANÇA
Além disso, a cooperação vai parar na mesa dos colaboradores da Lumenk, já que o almoço é fornecido por uma empresa local.

- Tem uma empresa aqui do bairro que traz as refeições para a gente, e isso é muito bom para todos. Ajuda-os e também evita que tenhamos contato com outras pessoas indo para casa no intervalo do almoço - diz a recepcionista Maritiele Favarin, 30 anos.

ROTINA ALTERADA
A pandemia do coronavírus obrigou muita gente a alterar a rotina, seja em casa ou nas empresas, e o que não faltam são exemplos de mudanças necessárias para que o negócio siga em funcionamento. O diretor Marcus Vinícius Wagner Pinto, diz que as principais alterações foram quanto aos cuidados básicos e o revezamento da equipe, os quais foram essenciais para combater a pandemia e preservar empregos.

- Conseguimos nos antecipar e entregar projetos que estavam contratados. Quando a pandemia iniciou, paramos por uma semana e, depois, voltamos com equipes reduzidas, com alguns profissionais atuando em home office, principalmente os que foram impactados pela redução do horário de ônibus e ou integram o grupo de risco. Os que continuam na sede da empresa usam máscaras, fazem a higienização com álcool gel constantemente e, além disso, reduzimos a ocupação dos espaços. Em salas que antes havia seis pessoas, agora apenas duas seguem no local - conta o sócio-proprietário.

Ainda conforme Marcus Vinícius, essas adaptações foram necessárias para evitar demissões.

- Felizmente, com essas e outras medidas, não foi necessário fazer demissões. Entendemos que a empresa é feita de pessoas e são essas pessoas que trazem os resultados a cada mês, por isso, corte de pessoal é última opção - afirma ele.

Além da rotina da empresa, a pandemia afetou diretamente a vida pessoal dos colaboradores.

- Preciso pegar dois ônibus para chegar ao trabalho e, como teve alteração de horários do transporte público, estou chegando com atraso e também retorno mais tarde em casa - conta Albeneir Lopes.

A recepcionista Maritiele passou a deixar a filha de 6 anos com familiares em Itaara.

- Ela está sem aulas, e como preciso vir trabalhar todo dia, estou sujeita ao coronavírus. Como forma de preservá-la, é melhor evitar o contato. Nós nos falamos por chamada de vídeo e em alguns finais de semana - conta.

LUMENK