Foto: Renan Mattos (Diário)
Enquanto o dólar apresenta queda na cotação desde segunda-feira, o preço da gasolina não deve ter redução nos postos por causa do etanol anidro, usado para a mistura do combustível, que subiu 8 centavos de 21 de setembro para cá. Esse aumento é reflexo da entressafra da cana, que vai até março de 2019. Ontem, o Diário passou em 25 postos de combustíveis para e encontrou preços mais elevados do que há um mês (veja o infográfico abaixo).
Os postos visitados pela reportagem ontem são os mesmos pesquisados em 18 de setembro. Em um comparativo com o último levantamento, apenas uma revenda baixou o preço da gasolina e quatro mantêm o valor do litro. Já em relação ao diesel, apenas um estabelecimento apresenta o mesmo preço da última pesquisa. Todos os demais reajustaram os valores de venda para cima.
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Nesses 25 postos, em valores para pagamentos à vista e em dinheiro, a média da gasolina na cidade está em R$ 5,05. A revenda que oferta o valor mais baixo é o São Francisco (Avenida Ângelo Bolson), a R$ 4,83. Já o valor mais alto encontrado ontem foi de R$ 5,19, nos postos Premium (Avenida Ângelo Bolson), Premium 2 (Avenida Medianeira), Auto-Posto Central 2 (Rua Barão do Triunfo) e Brasil (Avenida Borges de Medeiros).
Além dos valores da gasolina e do diesel comuns, este levantamento traz pela primeira vez o valor do etanol, popularmente conhecido como álcool. O combustível apresenta R$ 4,09 de média na cidade, uma diferença de R$ 0,96 ao preço médio da gasolina. O posto com o litro mais barato do álcool é o Santa Lúcia da BR-287 (próximo à Rua Vasco da Cunha) e o mais caro é o Premium 2. Dos 25 estabelecimentos visitados, oito não comercializam etanol.
CUSTO X BENEFÍCIO
Mesmo que o litro do etanol seja menor que o da gasolina, ainda não compensa usar o álcool, pois ele costuma render 30% menos. Para valer a pena abastecer com etanol, o preço do litro precisaria estar a menos de R$ 3,63 - levando em conta o valor mais alto da gasolina, de R$ 5,19. Na realidade, levando em conta a gasolina mais barata, a R$ 4,84, o etanol só compensaria se o litro estivesse a menos de R$ 3,38.
O vendedor Marcos de Souza, 50 anos, tem um carro flex, mas usa, basicamente, gasolina.
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- É muito raro abastecer com o álcool. Eu abasteço com gasolina comum e, dependendo da variação do valor do litro, troco para a aditivada, mas não coloco álcool no carro - diz Souza.
O consultor de vendas Claudio Silveira, 43 anos, fazia o test drive de uma caminhonete a diesel. Ele contou que quer trocar sua caminhonete a gasolina por uma a diesel para economizar.
- Eu viajo bastante a trabalho e preciso andar em estrada de chão, acho que o rendimento de uma caminhonete a diesel vai ser mais satisfatório - diz.