Foto: Arquivo Diário
A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) vai receber R$ 630 mil para um projeto internacional que integrará para pesquisar biocombustíveis avançados.
O reitor da UFSM, Paulo Burmann, assinou na última quarta-feira, em Campinas (SP), um termo de cooperação que formaliza a participação da universidade no Consórcio BioValue, projeto interinstitucional de pesquisa que tem por objetivo a produção de biocombustíveis a partir de rejeitos da indústria agroflorestal (mais limpos). O projeto, proposto por um consórcio de instituições brasileiras, integra o Horizonte 2020, programa de fomento à pesquisa e inovação da União Europeia (UE). A coordenadora o projeto na UFSM, Paola de Azevedo Mello, acompanhou o reitor.
- Para a universidade, integrar esta iniciativa, proposta pelo grupo de pesquisa da química, é motivo de muita honra e distinção, especialmente neste cenário de dificuldades que estamos enfrentando, com recursos escassos para o financiamento de projetos importantes como este - avaliou Burmann, reiterando a relevância da pesquisa e sua relação com questões ambientais e energéticas, fundamentais para o desenvolvimento do país no seu entendimento.
Luciano Hang confirma construção da Havan em Santa Maria
Conforme a assessoria de comunicação da UFSM, o valor disponibilizado será destinado para a aquisição de um cromatógrafo com espectrofotômetro de massa, equipamento que vai permitir a determinação da composição dos biocombustíveis produzidos.
SOBRE O PROJETO
O "Consórcio BioValue - Valorização de cadeia produtiva descentralizada de biomassa visando à produção de biocombustíveis avançados: desenvolvimento e avaliação de rotas termoquímicas integradas à produção da biomassa e a rotas bioquímicas" é coordenado pelo Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol, vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. O projeto foi submetido e aprovado em uma chamada de propostas específica, lançada pela Comissão Europeia e órgãos que compõem o programa europeu Horizonte 2020. Além da UFSM, participam do projeto outras 11 instituições de ciência e tecnologia, entre universidades e institutos de pesquisa dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Ceará, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul; quatro Fundações de Amparo à Pesquisa (Fapergs, Fapesp, Fapemig e Facepe); e quatro empresas (Klabin, Fibria, Embraer e Petrobras). O consórcio brasileiro, conforme era preconizado na chamada, desenvolve suas pesquisas em paralelo com um consórcio firmado na UE, a qual selecionou o Consórcio Becool.
Na UFSM, o projeto partícipe do Consórcio BioValue foi apresentado pelo Laboratório de Análises Químicas Industriais e Ambientais (Laqia), do Departamento de Química, e será coordenado pela professora Paola de Azevedo Mello, contando com a participação dos professores Fábio Andrei Duarte, Edson Irineu Müller e Cezar Augusto Bizzi, bem como de alunos de iniciação científica e de pós-graduação e de todo o conjunto de professores do Laqia. A pesquisadora explica que o principal objetivo do Consórcio BioValue é explorar a sinergia entre a pesquisa e a inovação tecnológica no que tange à produção de biocombustíveis, à diversificação e à logística da cadeia de valor, para o desenvolvimento e implementação de tecnologias para a produção de biocombustíveis a partir de biomassa lignocelulósica. A equipe de pesquisadores da UFSM irá atuar em dois objetivos específicos do projeto: na avaliação de biomassas, correntes intermediárias e biocombustíveis avançados produzidos; e no pré-tratamento de matéria-prima e otimização das condições do processo.
*Com informações da assessoria de comunicação da UFSM