Agora que o NanoSatC-BR1 já está em órbita, a comemoração não tem o tom de trabalho encerrado, já que o nanossatélite desenvolvido por pesquisadores do Inpe e da UFSM tem fins de estudo e de testes. A previsão é que o satélite fique em órbita durante um ano, passando no campo de rastreamento das antenas duas vezes por dia.
:: Lançamento foi realizado com sucesso
Cada vez que isso acontecer, um dos bolsistas do projeto na UFSM, Thales Ramos Mânica, Leonardo Zavareze da Costa e Tális Piovesan, estudantes de Engenharia Elétrica, e Pietro Fernando Moro, de Física, todos com pouco mais de 20 anos de idade, terá de ir até a sala que fica no terraço do Inpe para ajustar a captação e tratar os dados.
A partir do dia 23 poderemos prever o trajeto do nanossatélite e programar cada vez que ele estará sobre Santa Maria diz Thales Mânica, 20 anos.
Os estudantes, junto com os coordenadores do projeto, Nelson Jorge Schuch, do Inpe em Santa Maria, e Otávio Santos Cupertino Durão, da sede do instituto em São José dos Campos, acompanharão o desempenho do satélite e registrarão todos os sinais que ele emitir. Só depois é que os centros de desenvolvimento da Santa Maria Design House (SMDH) e da UFRGS, que projetaram os chips embarcados para teste, poderão analisar o resultados obtidos no espaço.
O Brasil está bem atrasado na ciência aeroespacial, mesmo em relação a países com o mesmo nível de desenvolvimento econômico. Mas estamos dando passos importantes para ter tecnologia nacional e, mais importante do que todos os equipamentos, recursos humanos capazes de liderarem esse desenvolvimento diz o chefe do Centro Regional Sul do Inpe, Adriano Petry.
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