Servidores municipais reclamam do valor do plano de saúde

Começa a valer nesta quarta-feira uma nova modalidade de cobrança do plano de saúde dos servidores municipais ligados ao Instituto de Previdência e Assistência à Saúde dos Servidores Públicos Municipais de Santa Maria (IPASSP-SM).

A mudança no fator de cobrança, que suspende a modalidade percentual, vai aumentar os gastos dos beneficiários com o serviço, segundo os dois principais sindicatos de servidores municipais (o Sinprosm, dos professores, e o Sindicato dos Servidores Municipais).

Ainda na terça-feira, o Sinprosm sofreu uma derrota na Justiça, após ter uma liminar que pedia a revisão do valor pago pelos servidores negada.

_ Para muitos vai ficar impraticável _ resumiu Mariane Denardin, da coordenação do Sinprosm.

Segundo Mariane, em alguns casos, o valor para o custeio do plano de saúde deve aumentar até 50%.

No plano por percentual, o servidor pagava uma parcela que chegava a 30% de seu rendimento. O restante do valor pago ao plano era custeado pela prefeitura. Na modalidade que vigora a partir de hoje, que utiliza a idade como referência, o valor pode ultrapassar os R$ 700 para quem tem mais de 59 anos.

Conta que não fecha

A secretaria de Finanças, Ana Beatriz Barros, explica que a prefeitura faz a sua parte. Hoje, ressalta Ana Beatriz, todos os servidores gozam de aposentadoria integral, que tem 31% de seu valor total bancado pelo município. Além disso, a saúde recebe R$ 88 milhões anuais e outros R$ 370 mil mensais usados para o plano de saúde dos servidores.

_ Não é que não ache importante. Mas não temos como pagar. O que houve foi uma adequação a uma realidade (referindo-se ao plano). Antes, muitos servidores pagavam um valor baixíssimo para ter um plano sem limitador e que incluía vários dependentes. Mas a prefeitura não pode bancar _ justifica a secretária.