Quase 40% dos negócios foram "muito impactados" pelas enchentes na Região Central, informa o Sebrae

Quase 40% dos negócios foram

Foto: Arquivo Pessoal

Registro de como ficou a estrutura da vinícola Val Feltrina, em Silveira Martins, atingida pelas enchentes

De quatro a seis meses para os negócios voltarem a operar na normalidade. É o que calculam, em média, 30% dos empresários ouvidos pelo Sebrae RS na "Pesquisa de Impacto das Enchentes no RS", realizada desde o mês de maio. Já 28,4% dos entrevistados calculam de um a três meses para o retorno à rotina. Outros 15% dizem que podem levar até um ano para normalizar o funcionamento das empresas.


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Até o momento, a pesquisa que ouviu cerca de 16,2 mil empresários. De acordo com o Sebrae, o formulário foi respondido por empreendedores de diversos municípios gaúchos, incluindo Santa Maria, Porto Alegre, Canoas, São Leopoldo, Gramado, Encantado, Lajeado, Arroio do Meio, Caxias do Sul, Bento Gonçalves, Novo Hamburgo, Esteio, Roca Sales, Eldorado do Sul, Rio Grande, Estrela, Cachoeirinha, Muçum e Cruzeiro do Sul.


Entre os negócios pesquisados pelo Sebrae RS, 36,25% são microempresas, 27,12% microempreendedores individuais, 22,3% estão enquadrados como empresas de pequeno porte, 9,41% como médias empresas, 3,58% como produtores rurais e 1,35% como grandes empresas.


De acordo com estimativa do Sebrae RS, cerca de 600 mil micro e pequenas empresas dos mais variados segmentos foram afetadas diretamente e indiretamente em todo o Rio Grande do Sul pelas enchentes que atingiram grande parte dos municípios. Somente na capital gaúcha, quase 46 mil empresas de todos os portes foram afetadas pelos recentes alagamentos.


Conforme o levantamento, mais de 20% das empresas calculam prejuízos de até R$ 10 mil em ativos como imóveis, máquinas, equipamentos e veículos. Cerca de 20% projetam prejuízo entre R$ 20 mil e R$ 50 mil, 15% entre R$ 10 mil e R$ 20 mil, 10% calculam prejuízo entre R$ 50 e R$ 100 mil e quase 9% estimam prejuízo entre R$ 100 mil e R$ 500 mil.


Além disso, quase 28% relataram perda de estoque no valor de até R$ 10 mil e 14% com perdas entre R$ 20 mil e R$ 50 mil. Já a perda devido ao impacto econômico (atividade interrompida, diminuição da produção, perda de clientes, atrasos) está estimada em até R$ 10 mil para 24%, entre R$ 10 mil e R$ 20 mil para quase 20% e de R$ 20 mil a R$ 50 mil para 18%.


A Pesquisa de Impacto das Enchentes no RS ainda pode ser respondida pela internet através do link: https://bit.ly/juntospeloRS


Situação da Região Central:

A pesquisa coletou informações de empresas de municípios da Região Central, totalizando 316 respostas. Segundo o Sebrae, os dados foram captados em Santa Maria Cachoeira do Sul, Santiago, Restinga Sêca, Cacequi, São Pedro do Sul, Agudo, São João do Polêsine e outras, indicando que quase 40% dos negócios foram muito impactados pelas enchentes. 


Em relação ao porte dos negócios, a pesquisa abrangeu 102 microempresas (ME), 74 microempreendedores individuais (MEI), 59 empresas de pequeno porte (EPP), 46 produtores rurais, 32 médias empresas e 3 grandes empresas.


Sobre a operação atual dos negócios, 215 responderam que estão operando normalmente (68,7%), 67 responderam que estão operando parcialmente (21,4%), e 31 responderam que não estão operando (9,9%), totalizando 313 respostas (3 não responderam).


Quanto ao impacto da enchente, 153 negócios foram parcialmente impactados (48,4%), 117 foram muito impactados (37%), 34 foram pouco impactados (10,8%) e 12 não foram impactados (3,8%).


Quanto à expectativa dos negócios para os próximos dois meses: 

  • Neutro (não estou certo(a) sobre o impacto nas atividades do meu negócio): 33,23%
  • Muito pessimista (estou preocupado(a) com a sobrevivência do meu negócio: 24,68%
  • Pessimista (espero uma redução no desempenho do meu negócio): 22,15%
  • Otimista (acredito que meu negócio terá um leve crescimento): 12,66%
  • Muito otimista (espero um aumento significativo no desempenho do meu negócio): 7,28%


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