PESQUISA: em uma semana, gasolina sobe até R$ 0,10 em Santa Maria

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

O aumento do valor cobrado de ICMS sobre a gasolina, que entrou em vigor no domingo, já impacta nos preços nas bombas dos postos em Santa Maria. O reajuste do imposto, de R$ 0,11, aliado a pequenas altas nas refinarias, tiveram de ser repassadas quase totalmente pelos postos. Com isso, em uma semana, o preço da gasolina aumentou pelo menos R$ 0,10 esta semana na maioria das revendas da cidade. 

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Porém, os preços ainda estão um pouco menores em comparação com os da última pesquisa feita pelo Diário, em 5 de junho, pois durante o mês, a Petrobras havia reduzido os preços. Na pesquisa de 5 de junho, logo após o fim da paralisação nacional dos caminhoneiros, encontramos a gasolina sendo vendida, em média, por R$ 4,83 em Santa Maria. Ontem, o Diário visitou os mesmos 25 postos em diferentes regiões da cidade e encontrou um preço médio de R$ 4,75, uma redução de R$ 0,08 por litro.  

MUITAS QUEIXAS 
O valor encontrado há um mês era um reflexo direto da greve nacional dos caminhoneiros. Com pouca gasolina disponível no mercado, o preço, naturalmente, subiu. Porém, ao longo do mês, foram anunciadas pela Petrobras 10 quedas e 4 altas no preço da gasolina nas refinarias. Em 30 dias, a queda acumulada foi 2,55%. Porém, ao mesmo tempo, o governo do Estado aumentou para R$ 0,11 por litro o valor cobrado pelo ICMS sobre a gasolina.  

- Do dia 28 de maio até 5 de junho, o valor da gasolina aumentou R$ 0,19 para nós, principalmente pelo ICMS. Repassamos para os clientes apenas R$ 0,10 por litro - afirmou o dono de um posto, que pediu para não ser identificado.

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Apesar da diminuição do valor em relação ao mês passado, quem anda de carro ou moto ainda reclama do preço. O taxista Ênio Passos se queixa que o valor baixou muito pouco.  

- O preço está terrível. Baixou um pouco, mas de que adianta? É ruim para trabalhar, diminui muito a nossa margem - diz.

O estudante de Engenharia Civil Pedro Patel reclama que precisa poupar em algumas coisas para conseguir abastecer.

- Depois da greve dos caminhoneiros, baixou muito pouco. Fica bem complicado - afirma.

Responsável pela alta volatilidade nos valores, a polêmica política de preços da Petrobras gera questionamentos dos donos de postos de combustíveis. Pela atual política da empresa, o valor da gasolina acompanha o preço do petróleo no mercado internacional, trazendo reajustes aos postos quase todos os dias. O dono do posto São Francisco, Moacir Siqueira, diz que fica difícil trabalhar assim:

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- Nós não conseguimos prever nada. Todos os dias, é uma surpresa. A gasolina pode baixar ou aumentar, ninguém sabe. Somado a isso, nos últimos dois meses tivemos uma redução de 15% no movimento. Está difícil. 

Já o diesel acabou tendo uma redução de R$ 0,50 depois da greve dos caminhoneiros, mais até do que os R$ 0,46 prometidos pelo governo.