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Mineradora desiste de investimento de mais de R$ 370 milhões na região

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Germano Rorato (BD, 22/11/2016)
Companhia pretendia reativar antiga mina no distrito de Minas do Camaquã, em Caçapava do Sul. Atividade não teria viabilidade econômica

A empresa Nexa Resources abandonou o projeto que pretendia resgatar a mineração em Caçapava do Sul. Ao Diário, a companhia confirmou, na sexta-feira, que não dará continuidade ao investimento, previsto em R$ 371 milhões, por não ter viabilidade econômica.

"Reafirmando seu compromisso com a transparência, a Nexa informa que não dará continuidade ao Projeto de Caçapava do Sul, que previa a extração e o beneficiamento de minérios de zinco, cobre e chumbo, uma vez que ele não manteve parâmetros de viabilidade econômica", anunciou a empresa, em nota.

A companhia informou que mantém a pesquisa e a busca por outras oportunidades de negócio. Segundo a Nexa, o projeto de Caçapava do Sul poderá ter continuidade com outra empresa no futuro, a partir de uma nova estratégia de atuação e a realização dos devidos processos de licenciamentos.

 "A Nexa reforça que segue na busca de ativos e projetos que reflitam os valores da companhia e que deixem um legado positivo na sociedade", acrescentou a nota.

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No final do ano passado, a Nexa solicitou à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) o arquivamento do pedido de licença ambiental para a atividade na Região Central. O processo estava em tramitação desde 2016.

A retomada da mineração era vista com otimismo por prefeituras, ao mesmo tempo que com desconfiança por parte de grupos ambientalistas. A intenção da Nexa era construir uma mina a céu aberto às margens do Rio Camaquã para extração de zinco, chumbo e cobre. O empreendimento geraria 450 empregos e abrangeria outros municípios, como Santana da Boa Vista, Bagé e Pinheiro Machado.

Para moradores e ambientalistas, o temor era com a possível degradação ambiental do Rio Camaquã. Um movimento contrário ao projeto chegou a ser criado, para tentar barrar o investimento. Audiências públicas foram realizadas nos municípios afetados para tratar da proposta e dos riscos.

"TRISTEZA E PREOCUPAÇÃO"
O prefeito de Caçapava do Sul, Giovani Amestoy (PDT), recebeu a notícia do fim do investimento com "tristeza e preocupação". Ele ressalta o grande número de empregos que iriam ser criados na região, com importante impacto econômico e social para o município.

- Prova o que é a burocracia para empreender no Brasil - afirma Amestoy, em referência ao longo tempo para o licenciamento do projeto.

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O estudos técnicos começaram em 2012, quando a companhia ainda se chamava Votorantim Metais.

O prefeito diz que não há outros projetos grandes de investimentos no município, mas espera que outras empresas venham a se interessar pela exploração dos minérios existentes na região.

Sobre o movimento contrário à mineração, Amestoy considera que tiveram caráter político, e não técnico, com a intenção de impedir os investimentos nos municípios que iriam receber a companhia.


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