Pleito municipal

Indefinições pairam para as eleições 2016 em Santa Maria

Marcelo Martins

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Indefinição e expectativa são palavras que definem o momento político da corrida eleitoral à prefeitura de Santa Maria. Com a confirmação do calendário eleitoral, divulgado recentemente pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o corre-corre ao pleito de Santa Maria deu uma esfriada.

Um time de candidatos se prepara para a corrida das eleições 2016 em Santa Maria

Até porque, agora, se tem uma maior elasticidade dos prazos. Mas, nos bastidores, as conversações seguem de forma reservada. E, claro, já há indícios de cenários para 2016.

Do lado governista, o PMDB do prefeito Cezar Schirmer, que comanda o município desde 2009, anseia por um nome fora da política tradicional. Porém, esta alternativa, até agora, ainda não surgiu. Schirmer sabe que o seu partido não conta com um nome de fôlego ao pleito.

Também na situação, o PP do vice-prefeito José Haidar Farret vive dias de indefinição. Em setembro, ele sofreu uma condenação por estelionato da Justiça Federal por ter assinado atestados médicos. Entre os próprios progressistas, Farret é dado como carta fora do baralho. O jurídico da sigla trabalha para tirá-lo da condição de inelegível.

Contudo, na última quarta-feira, o progressista deu um prazo aos correligionários: até o fim do ano. Se a situação não for revertida, ele sai de cena.

O PT do deputado estadual Valdeci Oliveira, e ex-prefeito por dois mandatos, tem que conviver com o desgaste da sigla – acoçada por escândalos em âmbito nacional – e ainda com o enrosco em torno da Rua Sete de Setembro. Em 2004, quando o petista era prefeito foi firmado um convênio com o Dnit para construir o viaduto da gare como uma alternativa de ligação entre o Centro e a Região Norte. 

Já o deputado estadual Jorge Pozzobom (PSDB) conseguiu se indispor com a sua própria categoria, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), quando, na última terça-feira, ele não votou na matéria do projeto do Estado que reduziu o teto das Requisições de Pequeno Valor (RPVs). Ele se declarou impedido de votar por ter interesse pessoal e profissional.

Neste ano, Pozzobom, que é da base governista de Sartori (PMDB), votou a favor do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias que não prevê reajuste para os servidores estadual. O que lhe colocou em rota de colisão com o funcionalismo estadual e, por consequência, pode frustrar suas pretensões à prefeitura. Pozzobom diz votar por convicção. Prova disso, segundo ele, é que ele foi contra o aumento do ICMS, bandeira de Sartori.

As costuras e os arranjos

Quem corre por fora é o PDT, de Marcelo Bisogno. Os rumores são que setores do PP e do PMDB, que cogitavam apoiar Pozzobom, agora, estariam propensos a dar uma chance a Bisogno.

O PSB, sem grande expressão na política local, busca com Fabiano Pereira alavancar sua pré-candidatura. Quem está sendo assediado é Werner Rempel (PPL), que já foi procurado pelo PP e pelo DEM. O empresário Paulo Ceccim (PR) ainda é uma incógnita. PTB e DEM devem se somar, no caminho, às candidaturas expressivas. O PSD, de Moacir Alves, deve seguir o mesmo caminho. 

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