agronegócio

Há 2 anos fora de atividade, Caminhão do Peixe pode retomar funcionamento em breve

Joyce Noronha

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

Há cerca de dois anos, os clientes e piscicultores esperam que o Caminhão do Peixe volte a circular pela cidade, mesmo sem um abatedouro de peixes, em atividade, no município. O presidente da Associação de Piscicultores de Santa Maria (Apism), Paulo Schuster, diz que teve uma reunião semana passada com o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, e foi informado que o caminhão deve voltar a vender peixes em 30 dias, mas o próprio secretário diz não haver prazo.

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Schuster conta que, sem o veículo, os criadores de peixes têm muitos custos e demoram para obter retorno do investimento, pois só há a Feira do Peixe Vivo, que ocorre uma vez por ano, na Semana Santa, como garantia de comercialização do produto. Ele conta que até surgem outros eventos, como a Festa do Peixe, Pão e Vinho, que ocorre em abril, em Boca do Monte.

- Sem o Caminhão do Peixe, a gente investe nos viveiros e não tem retorno. Com a Feira do Peixe Vivo, vai um ano para conseguirmos ter o que investimos na criação dos animais. Com o caminhão, a gente conseguia manter alguns viveiros em ciclos diferentes e ia fazendo o dinheiro rodar ao longo do ano - conta o presidente da Apism.

DÚVIDA
Apesar de Schuster estar feliz pelo retorno em breve do Caminhão do Peixe, para o Diário, o secretário de Desenvolvimento Rural, Rodrigo Menna Barreto, não deu tanta certeza sobre o prazo de volta. O titular da pasta diz que o veículo não saiu do estacionamento da Secretaria de Obras, Infraestrutura e Serviços nos últimos dois anos, porque precisa de um documento que deve ser repassado pelo governo federal, que cede o caminhão para a prefeitura.

- Parece piada, mas não é. A gente precisa dos documentos do veículo. Esse "verdinho" que todo mundo tem no porta-luvas do carro. Já contatamos a Secretaria da Pesca (anexo ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), mas eles não sabem onde está. O Detran também foi contatado e disseram que mandaram para o Ministério - diz Menna Barreto.

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Sem este documento, o secretário não sabe informar quando o veículo voltará à circulação. Até porque não há previsão de quando será instalado um abatedouro na cidade, apesar de um grupo ter planos de instalar um. Sem ele, não há como ter produto para vender no caminhão.

A PRODUÇÃO

  • Em um viveiro de 10 mil metros quadrados, com cerca de 2 metros de profundidade, é possível manter até 2,5 mil peixes
  • Os peixes devem ficar no criadouro, em média, de um ano e meio a dois anos
  • Os consumidores costumam comprar peixes entre 2 e 4 quilos
  • 50% dos gastos de um viveiro é na alimentação dos peixes
  • Para manter um viveiro de 20 mil metros quadrados, Schuster gasta de R$ 500 a R$ 600 por mês
  • Também é preciso ficar atento aos animais silvestres, que entram nos viveiros para "caçar" os peixes e se alimentarem

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