Gasolina varia R$ 0,48 entre as 10 maiores cidades da região

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário) 

O preço médio da gasolina comum nos 10 maiores municípios da região (à exceção de Santa Maria) é de R$ 4,70, apenas dois centavos a mais do que o valor médio de R$ 4,68, registrado em Santa Maria na última pesquisa feita pelo Diário, em 14 de outubro.

Essa pequena variação dos preços foi constatada em levantamento feito pelo jornal, na última quinta-feira, em 15 postos de combustíveis de Santiago, Júlio de Castilhos, São Pedro do Sul, Restinga Sêca, São Sepé, Caçapava do Sul, Cruz Alta, Rosário do Sul, São Gabriel e Agudo (confira abaixo).

Entre os municípios da região pesquisados pelo Diário, a gasolina varia R$ 0,48. A mais barata é vendida em São Gabriel, por R$ 4,44. A mais cara está em Caçapava do Sul, com o valor de R$ 4,92, três centavos acima do maior valor encontrado em Santa Maria, que era de R$ 4,89, segundo o levantamento de outubro.

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Para o gerente do Posto Ipiranga da Ponte, de Rosário do Sul, Pedro Pessano, os proprietários dos estabelecimentos do Interior têm desvantagem em relação aos postos das cidades maiores. Segundo ele, o custo do fretamento de um caminhão para buscar o combustível nas distribuidoras de outros municípios, como Santa Maria, é, no fim das contas, repassado para o bolso de quem vai abastecer.

- Geralmente, o preço da nossa gasolina fica cerca de dois ou três centavos mais cara do que a vendida em cidades que possuem distribuidoras mais próximas - explica o gerente.

Em 26 de outubro, a Petrobras anunciou redução de 5% na gasolina e de 4% para o diesel nas refinarias. Porém, o valor, na bomba, só é atualizado quando os empresários compram uma carga e reabastecem os estoques. Entretanto, tão cedo, os motoristas não voltarão a pagar valores registrados no início da pandemia, abaixo dos R$ 4, segundo o gerente do Posto Crotrijuc, de Júlio de Castilhos, Eduardo Soares. De acordo com o administrador, o faturamento do local cresceu. A retomada gradual das atividades econômicas e sociais serviram para trazer de volta os clientes.

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- O motorista que abastecia R$ 200, agora coloca R$ 100. O que colocava R$ 100 de combustível, põe R$ 50, porque o pessoal não tem feito viagens longas. Mas o importante foi que eles voltaram a abastecer com maior frequência - avalia Soares.

DIESEL
O diesel também tem preocupado a população, principalmente aqueles que dependem do combustível para trabalhar, como os caminhoneiros e donos de caminhonetes e vans. É o caso da empresária Juliana Brandli, 42 anos, de Santiago. Ela trabalha há duas décadas no ramo de transporte para viagens turísticas. Além de ser prejudicada pelas restrições impostas pelo isolamento social, Juliana não consegue fazer estoque de diesel, como era costume dela antes da pandemia.

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- Não sei se teremos viagens, porque, a qualquer momento, pode fechar tudo de novo. Como vou estocar diesel se não sei se terei viagens para trabalhar? O preço do diesel também varia muito de mês para mês e não conseguimos ter uma margem de lucro certa. O governo deveria fazer uma isenção de impostos nos combustível para quem trabalha com o setor de turismo, tão prejudicado nessa pandemia - desabafa a empresária.

A PESQUISA EM 15 POSTOS:

*Colaborou Rafael Favero