PIB

Economia da China cresce 6,7% no primeiro trimestre de 2016

AFP

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A economia da China cresceu 6,7% nos primeiros três meses do ano em relação ao mesmo período de 2015. No quarto trimestre do ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) havia registrado alta de 6,8%, conforme números do Escritório Nacional de Estatísticas.

A taxa de 6,7% corresponde à previsão média de um painel de 19 analistas consultados pela agência de notícias AFP e é o dado trimestral de crescimento mais baixo em sete anos.

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Apesar da desaceleração no primeiro trimestre na comparação com os três meses anteriores, os números publicados nesta sexta-feira revelam um importante aumento da produção industrial em março de 6,8% em relação a 2015 — muito superior aos 5,4% acumulados nos meses de janeiro e fevereiro.

Essa recuperação é muito mais forte do que a prevista pelos analistas consultados pela agência Bloomberg, que esperavam um avanço de 5,9% e apontam para "uma desaceleração menos violenta do que muitos temiam", segundo Louis Juijs, analista do gabinete Oxford Economics. No entanto, o especialista alerta que globalmente as perspectivas "continuam sendo fracas".

A China já havia anunciado na semana passada uma aceleração inesperada da atividade manufatureira em março, após oito meses seguidos de contração.

Por sua vez, as vendas ao varejo, um termômetro sobre o consumo das famílias, aumentaram 10,5% em março em relação ao ano anterior, uma alta também inesperada. Além disso, o investimento em capital fixo, um indicador do gasto público em infraestruturas, subiu 10,7% interanual no primeiro trimestre.

No conjunto de 2015, o crescimento na China foi de 6,9%, o nível mais baixo dos últimos 25 anos, coincidindo com uma complexa transição econômica de um modelo baseado na exportação a outro mais centrado no consumo interno e nos serviços.

Esforços fiscais do governo

Segundo o escritório de estatísticas, os esforços fiscais do governo (com isenções e aumento do gasto público) contribuíram amplamente para a estabilização econômica.

Uma prova de que o reequilíbrio promovido pelo governo está dando resultados é que o setor de serviços representou 56,9% do PIB chinês no primeiro trimestre, quase 20 pontos a mais do que a indústria.

No entanto, segundo o escritório de estatísticas, "as dificuldades vinculadas aos ajustes estruturais permanecem, e as pressões à baixa não podem ser ignoradas".

As autoridades chinesas fixaram um objetivo de crescimento econômico entre 6,5% e 7%. Para que o crescimento não fique abaixo disso, acrescenta Louis Kuijs, "o governo deverá manter suas medidas de apoio, especialmente seus investimentos em infraestruturas".

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* AFP

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