Nira

Dispositivo desenvolvido na UFSM contribui para rentabilidade no campo

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style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Marcelo Oliveira

De um espaço dentro da Agência de Inovação e Transferência de Tecnologia (Agittec) para além das divisas do Rio Grande do Sul, a Zeit, empresa incubada na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), desenvolveu um reconhecido trabalho voltado ao aumento da rentabilidade agrícola. Junto com a Genesis Group, foi criada a tecnologia Nira, um dispositivo portátil voltado a grãos, com ênfase à soja. Por meio dela, é realizada a análise dos teores de proteínas e óleo, com os resultados dos testes sendo obtidos de maneira mais rápida.

Enquanto em um laboratório seriam necessárias cerca de cinco horas para a obtenção do resultado, com esse equipamento o tempo cai para 10 minutos, sem a necessidade de conexão com energia nem internet. A comunicação com o celular é realizado via bluetooth, após os grãos de soja serem moídos. A tecnologia já conquistou, além do Rio Grande do Sul, os Estados de Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

- O produtor, hoje, recebe pelo peso da soja, não pelos teores e proteína e óleo que ela tem. Então, com essa informação que antes não se tinha no mercado, o produtor pode, de repente, ver a melhor possibilidade de comercialização desses grãos. Ele sabendo os teores, ele pode buscar no mercado onde tem interesse da produção. Existem, por exemplo, os farelos de soja com teores de proteína elevados. Então, o produtor pode procurar essas indústrias e comercializar, rentabilizando mais ainda a sua propriedade - explica Renan Buque Pardinho, 34 anos, cofundador e diretor da Zeit.

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A tecnologia, importante também no contexto em que se percebeu, por exemplo, uma diferença de até 5% nos teores de proteína nas lavouras, foi finalista do programa Ideas for Milk da Embrapa e finalista do Vacathon, que é o prêmio de melhor modelo de negócio do programa de pré-incubação da Agittec em 2019. Os pontos positivos dessa inovação se estendem também, além do produtor, ao consumidor.

- O que isso impacta? Saber quais os teores de proteína e óleo que esses grãos de soja têm. Hoje, nós consumidores, quando vamos ao mercado, não compramos os grãos de soja, nós compramos óleo de soja, quem consome um pouco de proteína de soja, iogurtes, entre outros, e isso para a indústria é extremamente importante, porque hoje ela compra grãos, ela não compra teores de proteína e óleo dos grãos de soja, isso é o que a tecnologia proporciona. Você saber a qualidade do alimento que vai ser processado pela indústria- explica Pardinho.

Todos os integrantes da Zeit, tanto direta quanto indiretamente, possuem relação com a UFSM, sendo acadêmicos, graduados, mestres ou doutores. A tecnologia é alugada, a partir de R$ 12 mil mensais, com o suporte necessário para o entendimento do uso.

- Hoje, a Zeit, como já desenvolveu essa tecnologia e outras que estamos desenvolvendo com grandes empresas, a gente tem como objetivo nos tornarmos referência no Brasil, na área de inteligência artificial de dados e isso, dentro de uma universidade federal, onde nós estamos, é muito fácil ser atingido porque essa é uma área nova. Todo mundo necessita ter esses dados em mãos e transformá-los em resultados plausíveis para ter aumentos de produtividade - finaliza o cofundador da Zeit.

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