Foto: Pedro Piegas (Diário)
O presidente do Conselho Municipal de Transportes e diretor da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU), Edmilson Gabardo, afirmou, na terça-feira, que a planilha de custos da passagem de ônibus na cidade precisa passar por uma revisão. Segundo ele, os insumos do transporte público passaram por aumentos, o que torna mais caro manter o serviço.
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Ele diz que o número de usuários do transporte diminuiu cerca de 30% e que há um aumento de gratuidades e nas meias-passagens, o que também reflete na arrecadação das empresas de ônibus.
- As empresas recebem hoje, por passageiro, R$ 2,68. Se todas as pessoas que usam o transporte público pagassem a tarifa, o valor seria R$ 2,68. Ela é R$ 3,90, e agora foi calculada em R$ 4,25, porque as pessoas têm que pagar a tarifa delas e pagar daquelas que não pagam ou que têm desconto. Agora, com a revisão da planilha deve subir um pouco, uns R$ 2,80 a R$ 3 por passageiro para as empresas - diz Gabardo, que mesmo representando a ATU, admite que a tarifa é muito cara.
Para Gabardo, as gratuidades e meias-passagem são de direitos da população, mas salienta que deveria ser exclusivamente para quem necessita do benefício. Ele defende que deveria haver subsídio da prefeitura para compensar gratuidades e descontos e reclama que o usuário arca com todo o custo do serviço, seja inclusão de o ar-condicionado, de wifi, manutenção dos veículos, cobrador, motorista e outros. O presidente do CMT diz que "continuando dessa forma, o serviço vai ficar cada vez mais caro e com menos usuários".
Na manhã de terça-feira, a prefeitura apresentou o cálculo do novo valor da passagem de ônibus na cidade. A planilha com o cálculo foi relatada durante a reunião do Conselho Municipal de Transporte (CMT), na sede da Associação dos Transportadores Urbanos (ATU). Uma nova reunião está marcada para quinta-feira, às 8h.